(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Crise j� corta vagas de trabalho no Brasil

Saldo de 126 mil empregos formais em outubro mostra queda de 38,4% sobre mesmo m�s de 2010 e � o pior desde 2008. Ind�stria tem redu��o de 89% e ministro admite impacto externo


postado em 19/11/2011 06:00

Primeiro o Produto Interno Bruto (PIB), depois a atividade industrial, a infla��o e agora o mercado de trabalho com carteira assinada. Se s� o emprego passava ileso �s consequ�ncias do agravamento da crise econ�mica europ�ia, ele est�, juntamente com os demais indicadores, na mira do desaquecimento da demanda internacional que j� reduziu em mais de 1,3 ponto percentual o crescimento da economia brasileira no ano e come�a a impedir a gera��o de oportunidades de emprego no pa�s.


Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Minist�rio do Trabalho, o saldo de vagas abertas em outubro foi de 126.143 oportunidades. Apesar de positivo, o resultado � o menor para o m�s desde 2008 – auge da crise norte-americana –, quando foram criados 61 mil postos formais. A queda � de 38,4% em rela��o ao saldo de 204.804 vagas registrado em outubro do ano passado e de 39,67% em rela��o a setembro (209.078 vagas).


Com o resultado, a previs�o do ministro do Trabalho Carlos Lupi de que o ano fechar� com saldo de 2,7 milh�es de carteiras assinadas foi descartada diante do volume atual de 2,2 milh�es. Agora, ele reconhece – depois de v�rias alega��es otimistas de que o mercado de trabalho nacional seria preservado – que mal mal chegar� � casa dos 2,4 milh�es. “Pelo caminhar da carruagem, ser� dif�cil atingir 2,4 milh�es. Pode ficar abaixo disso”, afirmou. Esta � a segunda revis�o, j� que o volume inicial de 3 milh�es j� havia sido refutado.


“Sentimos a crise internacional, principalmente na �rea da ind�stria”, reconheceu o ministro. Desde o segundo trimestre do ano, o setor j� d� sinais de estagna��o e � exatamente o que puxa as revis�es. H� um ano, a ind�stria nacional havia aberto 46,9 mil vagas formais em outubro, n�mero que caiu 89% para o saldo atual de apenas 5,2 mil oportunidades. A ind�stria metal�rgica � que a mais se destaca, com um volume de contrata��es que passou de 6.361 para 1.751, retra��o de 72%.

Menos postos com arteira em Minas

Minas Gerais segue a mesma tend�ncia e tamb�m diminuiu o ritmo de admiss�es. Enquanto em outubro de 2010 o estado havia apresentado saldo de 14,5 mil novas carteiras assinadas, neste ano o n�mero caiu quase pela metade, ficando em 7,4 mil. Tamb�m pela metade caiu a gera��o de vagas na ind�stria de transforma��o no estado, que foi de 5.053 em outubro de 2010 para 2.506 no �ltimo m�s.


Nem mesmo o per�odo sazonal de contrata��o para o Natal foi suficiente para elevar os n�meros. “A ind�stria ficou receosa em contratar e aumentar a produ��o porque n�o sabe o que vai acontecer daqui para frente, j� que as vendas tamb�m ca�ram”, pondera a analista econ�mica da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) �rika Cristina Mendes Amaral.


A cautela ronda o setor e n�o � diferente no mercado do vestu�rio. “Todo mundo est� mais retra�do e na expectativa do que vai acontecer. Ningu�m tem otimismo suficiente para sair investindo agora”, observa o presidente do Sindicato das Ind�strias do Vestu�rio de Minas Gerais (Sindivest-MG), Michel Aburachid.


No Sindicato dos Trabalhadores da Ind�stria de Cal�ados e Bolsas de BH e Regi�o as contrata��es que acontecem todos os anos para suprir a demanda de Natal n�o vieram. “Fomos beneficiados com a desonera��o da folha de pagamento, mas ainda n�o sentimos reflexos dessa medida”, diz o presidente Rog�rio Aquino. Segundo o representante dos trabalhadores, os postos foram mantidos e as contrata��es ficaram estagnadas. “Revimos as escalas e aumentou-se as horas extras, mas n�o houve admiss�es”, afirma.

Setores No Brasil, o com�rcio criou 60.878 postos em outubro, eleva��o puxada pelo segmento varejista (50.389) e atacadista (10.489). A constru��o civil, por sua vez, gerou 10.298 postos, extrativa mineral, 1.224 vagas e agricultura, por motivos sazonais, registrou uma perda de 29.913 postos de trabalho, equivalente a uma varia��o negativa de 1,77%.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)