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Estado de Minas

Mantega defende BC no caso do Panamericano


postado em 24/11/2011 10:26

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, saiu ontem em defesa do Banco Central (BC) e afirmou que a institui��o n�o tinha conhecimento das fraudes no Panamericano quando deu autoriza��o para que parte do banco fosse adquirida pela Caixa, em julho de 2010.

“Certamente, se o BC deu esta autoriza��o, o departamento competente n�o tinha suspeita de coisa nenhuma”, disse, em resposta a deputados que cobraram uma explica��o do governo durante audi�ncia na C�mara. “Eu acho dif�cil que o BC soubesse, porque, se tivesse sabido, teria cometido uma infra��o de n�o ter avisado”, argumentou.

O Estado revelou ontem que o Banco Central j� tinha ind�cios de irregularidades na institui��o quando aprovou a venda de parte do banco para a Caixa. Em depoimento � Pol�cia Federal, no dia 16 de setembro deste ano, o vice-presidente de Finan�as do Panamericano, M�rcio Percival, afirmou que a segunda e �ltima parcela da compra (R$ 232 milh�es) s� foi efetuada ap�s essa aprova��o do BC. O neg�cio total custou aos cofres do banco p�blico R$ 739 milh�es.

O BC afirma que s� aprovou a opera��o em novembro daquele ano. As irregularidades ocorreram nas carteiras de cr�dito cedidas para outras institui��es financeiras e levaram � fal�ncia o Panamericano.

Mantega classificou as fraudes como “profissionais”, “competentes” e “muito bem feitas”. Por isso, n�o foi detectada antes. Ele disse que a Caixa contratou consultorias internacionais para fazer dilig�ncias no banco antes de fechar a compra. “� que a fraude era profissional, competente. Escapou a todos e ela s� se revelou depois”, disse.

Mantega destacou que, apesar da quebra do Panamericano, a Caixa e o governo n�o tiveram preju�zo. “Agora, � bom esclarecer que n�o h� dinheiro p�blico nessa hist�ria e n�o h� perda nessa hist�ria.”

Ele lembrou que as transa��es atingidas pelas fraudes estavam com cobertura do Fundo Garantidor de Cr�ditos (FGC). Por isso, o Panamericano foi reconstitu�do e saneado. “O governo n�o p�s um tost�o. A Caixa n�o perdeu um tost�o na transa��o.”

Ele garantiu tamb�m que n�o houve press�o do governo para que a Caixa adquirisse parte do Panamericano. “Foi uma decis�o da Caixa, que interessava � Caixa, assim como o Votorantim foi comprado pelo Banco do Brasil”, disse.

Convite. O deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) informou, durante a audi�ncia p�blica, que convidar� os presidentes do Banco Central, Alexandre Tombini, e da Caixa Econ�mica Federal, Jorge Hereda, para prestarem esclarecimentos a respeito da transa��o. “Considerando as informa��es trazidas pela Ag�ncia Estado e pelo jornal O Estado de S. Paulo, sobre a sombria opera��o, que supostamente gerou um milion�rio preju�zo para o Pa�s, vamos trazer os presidentes do BC e da Caixa.”

Pauderney Avelino (DEM-AM)foi outro deputado que se manifestou sobre o assunto . “Esse neg�cio � muito obscuro. N�o d� para entender para qu� a Caixa foi comprar o Panamericano. A impress�o � de que foi para salvar o patrim�nio do Silvio Santos (que era o dono da institui��o at� a descoberta das fraudes), j� que o banco estava quebrado”, disse.

Avelino tem uma a��o popular na Justi�a pedindo a anula��o do neg�cio. Al�m disso, o deputado tenta, por meio de requerimento na Comiss�o de Finan�as e Tributa��o (CFT) da C�mara, ter acesso ao inqu�rito da Pol�cia Federal que investiga as fraudes. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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