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Estado de Minas

Para Caixa, rombo do Panamericano foi 'surpresa'


postado em 22/11/2011 09:15

� imprensa, a Caixa Econ�mica Federal tem evitado coment�rios sobre a compra de metade do Panamericano 10 meses antes de o Banco Central (BC) descobrir um buraco de R$ 4,3 bilh�es na institui��o que pertencia a Silvio Santos. Mas, � Pol�cia Federal, a Caixa falou. O vice-presidente de Finan�as do banco, M�rcio Percival, disse � PF que o rombo foi uma “grande surpresa” e garantiu que n�o houve press�o pol�tica do governo federal para a compra do Panamericano.

As informa��es est�o em depoimento concedido pelo executivo na sede da PF em S�o Paulo no dia 16 de setembro. Em resposta a um pedido de entrevista da reportagem, a Caixa informou, por meio de uma nota, que “reitera sua convic��o na capacidade de o Banco Panamericano obter retornos financeiros e competitivos por meio da gera��o de sinergia entre as duas institui��es”.

Al�m de ocupar a vice-presid�ncia de Finan�as da Caixa, Percival � presidente da CaixaPar, bra�o do banco p�blico que comandou o processo que resultou na compra de 49% do capital social do Panamericano por R$ 739,3 milh�es.

No depoimento aos policiais, Percival tamb�m negou ser amigo de Rafael Palladino, que dirigia o Panamericano antes de as fraudes serem descobertas pelo BC. No mercado financeiro, a impress�o era diferente. Chamava a aten��o de muitos especialistas a proximidade do relacionamento entre os dois.

Segundo Percival, a Caixa e as empresas contratadas para avaliar o Panamericano n�o detectaram que o banco tinha o rombo cont�bil superior a R$ 4 bilh�es. O executivo disse ainda que a Caixa contratou o Banco Fator para fazer essa an�lise. Segundo Percival, o Fator recontratou outras duas empresas (n�o especificadas) para ajudar na tarefa.

Percival afirmou aos policiais que a revela��o das fraudes cont�beis “foi uma grande surpresa, pois o banco tinha todos os balan�os semestrais aprovados pelo Banco Central”. Ele disse tamb�m que a decis�o de compra do Panamericano foi “estritamente empresarial, baseada em avalia��o t�cnica e que deveria sustentar o crescimento da Caixa para os pr�ximos anos”.

O executivo garantiu que n�o houve nenhuma press�o pol�tica do governo federal para a compra do Panamericano e disse desconhecer se algum agente p�blico recebeu vantagem indevida para influir na decis�o.

‘N�o’ do Banco do Brasil. A aquisi��o da Caixa foi anunciada ao mercado no dia 1.º de dezembro de 2009. Pouco mais de um ano antes, o Panamericano teve a maioria de suas carteiras de cr�dito recha�adas pelo Banco do Brasil, que tamb�m � controlado pelo governo federal.

Na ocasi�o, o Panamericano sofria com os efeitos da crise internacional e tentava obter dinheiro no mercado por meio da venda dessas carteiras de empr�stimos. O Estado apurou que executivos do BB consideraram sofr�vel a qualidade das carteiras oferecidas.

Documentos do processo obtidos pela reportagem revelam ainda que ex-executivos do Panamericano cogitavam, em trocas de e-mails, oferecer a institui��o ao BB caso a negocia��o com a Caixa fracassasse.

No depoimento � Pol�cia Federal, Percival contou que foi procurado por Rafael Palladino e Luiz Sebasti�o Sandoval (que presidia o Grupo Silvio Santos) em setembro de 2008. Na �poca, segundo Percival, os dois disseram que tinham interesse em vender parte do Panamericano.

Em 15 de setembro de 2008, a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers fez explodir a crise internacional, cujos efeitos s�o sentidos at� hoje.


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