A presidenta Dilma Rousseff voltou a dizer, no in�cio da tarde desta sexta-feira, no Rio de Janeiro, que o Brasil n�o vai exportar empregos. “Estamos conseguindo garantir emprego e n�o vamos permitir que se exporte emprego para fora. N�o vamos permitir porque nosso compromisso � com a grandeza do nosso pa�s e, para um pa�s ser grande, seu povo tem que ter acesso ao emprego”. A declara��o foi feita a um grupo de trabalhadores da ind�stria naval, na cerim�nia de entrega do primeiro navio constru�do no �mbito do Programa de Moderniza��o e Expans�o da Frota (Promef) da Petrobras.
“Esta cerim�nia faz parte de uma luta, que voc�s ajudaram muito a travar, mesmo antes de estarem empregados no estaleiro ou antes de estarem sendo beneficiados pelo fato de, no Brasil, termos emprego”, disse Dilma Rousseff, que fez quest�o de lembrar a crise que a ind�stria naval brasileira enfrentou ao longo de d�cadas. “Quando o presidente Lula chegou ao governo, a industria naval estava paralisada”.
O navio Celso Furtado, entregue hoje (25) � Transpetro, subsidi�ria da Petrobras do setor de log�stica, � um dos 49 previstos no Promef, criado pela estatal para impulsionar a ind�stria naval brasileira. “No Brasil, muita gente dizia que dava para crescer, mas que poucos ficariam ricos. [Celso] Furtado disse que crescimento era uma coisa e desenvolvimento era outra, que pa�s s� se desenvolvia se o povo crescesse junto”, disse a presidenta, citando o economista e imortal Celso Furtado, cujo nome foi escolhido para batizar o navio.
O Celso Furtado � um navio-tanque com 183 metros de comprimento e capacidade para transportar 56 milh�es de litros de combust�veis, como gasolina e �leo diesel.
O Promef � apontado como o principal instrumento da moderniza��o e amplia��o da ind�stria naval brasileira. Tr�s estaleiros j� foram constru�dos para atender � demanda atual e � expectativa de crescimento do setor: o Rio Tiet�, em S�o Paulo, e Atl�ntico Sul e STX-Promar, em Pernambuco. O programa tamb�m � respons�vel pela retomada do mercado de trabalho do setor. Na virada do s�culo, os poucos estaleiros nacionais que resistiram � crise empregavam pouco mais de 2 mil pessoas. Atualmente, emprega quase 60 mil pessoas, segundo dados da Transpetro. Do total de embarca��es projetadas, 41 foram encomendadas, envolvendo investimentos de R$ 9,6 bilh�es. Oito navios ainda est�o em processo de licita��o.