Petrobras reduz investimento, mas v� salto da produ��o

A praticamente um m�s e meio do final do ano, a dire��o da Petrobras j� definiu o cen�rio para a produ��o de petr�leo em 2012. A despeito da decis�o de desacelerar o ritmo de investimentos, a estatal trabalha com a previs�o de significativo aumento da produ��o, principalmente a partir do segundo semestre. Com isso, poder� anunciar planos mais ambiciosos para o pr�ximo ano, ao contr�rio do ocorrido em 2011, quando a meta de produ��o foi mantida em 2,1 milh�es de barris por dia (bpd) de petr�leo, no mesmo n�vel do projetado inicialmente - e n�o atingido - para 2010.

O salto da produ��o esperado para 2012 dever� ter os primeiros ind�cios nas �ltimas semanas de dezembro, quando a companhia planeja atingir um total de 2,2 milh�es de bpd. O pico previsto para o ano, caso venha a se confirmar, representar� um aumento de 9,3% em rela��o � m�dia registrada entre janeiro e setembro, de 2,013 milh�es de bpd.

O aumento da produ��o ter� origem na acelera��o das atividades de interliga��o de po�os ao sistema da companhia. Ap�s realizar 35 opera��es nos nove primeiros meses do ano, a estatal pretende concluir outras 20 interliga��es entre outubro e dezembro. Esses novos po�os ter�o potencial para produzir aproximadamente 210 mil bpd, quantidade poss�vel gra�as �s atividades de novas sondas. A estatal prev� a chegada de 15 unidades at� o final de 2012, o que elevar� para 38 o n�mero de sondas capazes de perfurar em �guas com mais de 3 mil metros de profundidade. "Esse � um fator relevante para o desenvolvimento das atividades e que deixar� de ser um impeditivo (�s opera��es)", destacou o diretor Financeiro e de Rela��es com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa.

Novas sondas - Com a chegada de novas sondas, a companhia ter� condi��es de acelerar o ritmo de crescimento e colocar em opera��o novas unidades de produ��o, como � o caso do Piloto de Baleia Azul e de Guar�. Esses dois sistemas, adicionados a outras opera��es previstas principalmente para o segundo semestre de 2012, garantir�o uma adi��o de 414 mil bpd de petr�leo, segundo estimativas da Petrobras.

Al�m disso, a dire��o da estatal prev� a redu��o do n�mero de paradas n�o programadas em plataformas ao longo de 2012, reflexo do acordo fechado com Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP). "Estamos nos comprometendo com a Ag�ncia em rela��o ao prazo das inspe��es. Com isso, poderemos reduzir bastante as paradas n�o programadas", destacou Barbassa. Essas paradas, adicionadas a atrasos nas paradas programadas, afetaram a m�dia de produ��o da Petrobras em 44 mil bpd no acumulado de janeiro a setembro. "Agora o acordo com ANP dar� previsibilidade nas manuten��es e nas inspe��es", completou.

A produ��o da Petrobras em 2012 tamb�m ter� importante impacto decorrente de sistemas que entraram em opera��o a partir do final do ano passado e ainda n�o atingiram a plena capacidade. � o caso da P-56, por exemplo. A unidade, cujo in�cio de opera��o ocorreu em 15 de agosto, deve operar com 80% da capacidade instalada at� o final de dezembro e atingir a plena capacidade ao longo do primeiro trimestre de 2012.

Investimentos revistos -A chegada de novas sondas tamb�m ser� decisiva na defini��o dos planos de investimentos da Petrobras. Devido � limita��o de equipamentos, a estatal j� trabalha com a previs�o de encerrar 2011 com patamar de investimentos semelhante ao ano passado, quando os aportes somaram R$ 76,4 bilh�es. Para 2011, a previs�o era investir R$ 84,7 bilh�es, n�mero que n�o ser� atingido. "Esperamos que o investimento deste ano fique mais ou menos no mesmo n�vel do ano passado", ressaltou Barbassa.

Ainda por conta da limita��o de equipamentos, a Petrobras teve que alterar o planejamento de atividades em algumas �reas. � o caso do campo de Carioca, cuja declara��o de comercialidade foi postergada para dezembro de 2013. Mas no pr�ximo ano, com a chegada de novas sondas, a companhia poder� intensificar o ritmo de produ��o e "compensar" a desacelera��o dos investimentos deste ano. As proje��es de produ��o e investimentos para 2012 foram mantidas em sigilo pelo diretor da Petrobras.