Terceira queda da Selic no ano n�o deve alterar as taxas de juros ao consumidor

A possibilidade de queda da taxa b�sica de juros, a Selic, amanh� (30), na reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central (BC), ter� pouco impacto nas opera��es de cr�dito. Esta � a avalia��o da Associa��o Nacional dos Executivos de Finan�as, Administra��o e Contabilidade (Anefac).

Caso se confirme a expectativa da Anefac e de analistas do mercado financeiro de redu��o de 0,5 ponto percentual, de 11,5% para 11% ao ano (a.a.), a taxa de juros do cr�dito pessoal oferecido pelos bancos cairia de 65,92% a.a. para 65,16% a.a., por exemplo.

Segundo a Anefac, n�o h� muita altera��o para os consumidores porque “existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas de juros cobradas aos consumidores que, na m�dia da pessoa f�sica, atingem 115,2% ao ano, provocando uma varia��o de mais de 900% entre as duas pontas”.

No caso da compra de uma geladeira, por exemplo, com pre�o � vista de R$ 1,5 mil, se financiada em 12 meses, a redu��o no total pago seria apenas R$ 4,64. A taxa de juros desse financiamento passaria de 5,44% para 5,4% ao m�s e o valor total da compra financiada cairia de R$ 2.081,56 para R$ 2.076,93.

Este ano, depois de subir 1,75 ponto percentual at� julho, o BC mudou a estrat�gia e come�ou a reduzir a taxa a partir de agosto, devido aos desdobramentos da crise da d�vida na Europa e �s dificuldades de recupera��o da economia dos Estados Unidos. Assim, apesar da infla��o ainda em alta, o Copom acredita que o desaquecimento da economia global gera efeitos no Brasil, como a redu��o das press�es inflacion�rias. Nas duas �ltimas reuni�es do Copom, em agosto e em outubro, a taxa Selic caiu 0,5 ponto percentual de cada vez.