BC seguiu plano de voo tra�ado, diz Gradual

O economista-chefe da Gradual Investimentos, Andr� Guilherme Perfeito, recebeu sem surpresas a decis�o de ontem do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central, de cortar a taxa b�sica de juros do Pa�s em 0,5 ponto porcentual para o n�vel de 11% ao ano. De acordo com ele, o procedimento do BC est� em linha com o que j� foi tra�ado anteriormente e, no momento atual uma decis�o diferente da esperada n�o era a mais recomendada. "O Banco Central est� seguindo o plano de voo que tra�ou e n�o quis surpreender o mercado", opinou.

Perfeito fazia parte da corrente majorit�ria dos economistas do mercado financeiro que trabalhavam com a estimativa de que a Selic seria cortada, pela terceira reuni�o consecutiva do Copom, em 0,5 ponto porcentual. Conforme levantamento do AE Proje��es com 71 casas, 70 esperavam este procedimento da diretoria do BC.

De acordo com o economista, dois foram os motivos para uma decis�o sem surpresas da autoridade monet�ria. A primeira � que existiria um custo com um procedimento diferente do esperado, j� que isso abriria espa�o para an�lises de que a infla��o poderia estar mais elevada do que a desejada pelo BC e isso poderia afetar as expectativas para o IPCA. O segundo ponto seria que o consenso do mercado financeiro est� caminhando para onde o Banco Central deseja. "Foi simples e n�o quis fazer barulho", disse Perfeito.

O economista-chefe da Gradual Investimentos afirmou que, com a confirma��o do corte de 0,5 ponto na reuni�o de novembro do Copom, ratificou o cen�rio da Gradual para o futuro da Selic nos pr�ximos meses. Segundo ele, o BC ainda reduzir� os juros em 0,5 ponto nas reuni�es de janeiro e mar�o, quando encerrar� o ciclo recente de afrouxamento monet�rio.