A demanda mundial por energia aumentar� em um ter�o entre 2010 e 2035, apesar do cen�rio de crise internacional, e a China continuar� sendo o maior consumidor mundial, usando 70% a mais de energia do que os Estados Unidos (EUA), segundo colocado nesse ranking. Apesar de ocupar a primeira posi��o, a China, no que se refere ao consumo per capita, representa menos da metade do que � registrado nos EUA. Os dados fazem parte da edi��o 2011 do anu�rio World Energy Outlook, divulgado hoje (2) pela Ag�ncia Internacional de Energia (AIE).
Segundo o documento, a procura mundial por energia prim�ria registrou um salto “not�vel” de 5% em 2010. Isso, de acordo com a ag�ncia, provoca “um novo pico das emiss�es de di�xido de carbono (CO2)”. Preocupante tamb�m � o fato de as taxas de crescimento do consumo de energia na �ndia, na Indon�sia, no Brasil e no Oriente M�dio aumentarem "a um ritmo ainda mais r�pido do que o da China”.
No entanto, a diretora pondera que, no Brasil, a demanda prim�ria de energia crescer� 78% entre 2009 e 2035. “� o segundo crescimento mais r�pido, atr�s apenas da �ndia”, enfatiza. Segundo a diretora, est� previsto tamb�m, para o pa�s, um aumento “consider�vel” do consumo de g�s. Essa tend�ncia teve in�cio em 2010.
No contexto mundial, Maria van der Hoeven demonstrou preocupa��o com os recordes que t�m sido batido nas emiss�es de g�s carb�nico. “A energia global crescer� um ter�o entre 2010 e 2035, sendo a China e a �ndia respons�veis por metade disso”
A era dos combust�veis f�sseis est� longe de ter acabado, mas a sua predomin�ncia tende a declinar. O anu�rio aponta que os subs�dios que estimulam “o consumo excessivo” de combust�veis f�sseis subiram para mais de US$ 400 bilh�es. “Enquanto os subs�dios destinados a energias renov�veis foi de US$ 66 bilh�es em 2010, os destinados a combust�veis fosseis foi de US$ 409 bilh�es. Precisamos aumentar esses investimentos em US$ 250 bilh�es at� 2035 para tornar as renov�veis competitivas.”
Apesar disso, a percentagem de combust�veis f�sseis no consumo global de energia prim�ria registrou uma ligeira queda, passando de 81% em 2010 para 75% em 2035. O estudo sugere que o g�s natural ser� o �nico combust�vel f�ssil cuja percentagem aumentar�, no combinado energ�tico global, at� 2035.
No setor de eletricidade, as tecnologias das energias renov�veis, lideradas pelas energias hidroel�trica e e�lica, constituem metade da nova capacidade instalada para responder � procura crescente. A porcentagem de fontes de energia renov�veis n�o hidroel�tricas na gera��o de eletricidade subir� de 3%, em 2009, para 15% em 2035, "mas necessariamente apoiadas em subs�dios".
“Os investimentos em gera��o de energia que ter�o maior crescimento ser�o destinados � solar e e�lica. Os 60% dos investimentos [nessa �rea] corresponder�o a 30% da gera��o adicional. Apesar do custo elevado, acredita-se que os benef�cios ser�o duradouros em mat�ria de seguran�a energ�tica e prote��o do meio ambiente”, disse a diretora da AIE.
“Mas esse tipo de energia levar� tempo para se tornar comercialmente vi�vel, a ponto de entrar significativamente no mercado a m�dio prazo”, completou.