PF prende quatro servidores federais em opera��o contra fraudes na Previd�ncia

Tr�s advogados e quatro servidores federais – tr�s do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e um do Minist�rio do Trabalho – est�o entre os presos nas duas opera��es deflagradas nesta ter�a-feira pela Pol�cia Federal para combater crimes contra a Previd�ncia Social na regi�o sul-fluminense. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de pris�o tempor�ria e 40 de busca e apreens�o nas opera��es Inser��o e Cigarra, realizadas a partir de investiga��es que identificaram tr�s quadrilhas especializadas em falsificar v�nculos empregat�cios para obter benef�cios indevidos, como aposentadorias.

“N�s decidimos deflagrar as duas opera��es no mesmo dia porque as quadrilhas tinham um suspeito em comum”, disse a chefe da Delegacia da Pol�cia Federal em Volta Redonda, Carla Dolinski. Segundo ela, os grupos atuavam em uma regi�o muito ampla: oito munic�pios do sul do estado (Volta Redonda, Barra Mansa, Barra do Pira�, Resende, Pira�, Pinheiral, Para�ba do Sul e Angra dos Reis); cinco da regi�o metropolitana (Nova Igua�u, Duque de Caxias, Queimados, S�o Jo�o de Meriti e Niter�i), e tamb�m Juiz de Fora (MG).

As duas opera��es contaram com o apoio do Minist�rio P�blico Federal e da Previd�ncia Social. Al�m das pris�es, foram apreendidas armas, muni��es, computadores e documentos, entre eles carteiras de Trabalho em branco.

As investiga��es tiveram in�cio h� cerca de um ano, a partir de uma den�ncia do pr�prio INSS. Durante os inqu�ritos policiais, um benefici�rio foi ouvido e apontou alguns suspeitos. “A partir da�, as investiga��es prosseguiram com escutas e vigil�ncia, at� chegarmos aos principais integrantes das quadrilhas”, contou Carla Dolinski.

Os envolvidos no esquema inseriam v�nculos de trabalho fict�cios na carteira para conseguir o benef�cio previdenci�rio. "Apuramos ainda mais um crime, de fraude no seguro-desemprego, que era praticado no posto do Minist�rio do Trabalho de Barra do Pira�, tamb�m com a inser��o de falsos v�nculos empregat�cios”, explicou a delegada.

De acordo com Carla Dolinski, cada benef�cio concedido ficava entre R$ 2 mil e R$ 3,7 mil, pagos mensalmente. Ela disse que ainda n�o h� um c�lculo do preju�zo que as fraudes causaram aos cofres da Previd�ncia, mas acredita que sejam “milh�es de reais”. A delegada informou ainda que as investiga��es prosseguem, a fim de identificar outros benefici�rios da fraude. “Uma vez identificados, esses benef�cios ser�o imediatamente suspensos”, destacou.