Ap�s sucessivos adiamentos, a nova proposta de edital para o leil�o do trem-bala brasileiro - que ligar� Campinas a S�o Paulo e Rio - ser� publicada no dia 10 de janeiro de 2012. A promessa foi feita ontem pelo diretor-geral da Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, que acrescentou que, ap�s um per�odo de consulta p�blica, o edital definitivo deve ser publicado at� o dia 10 de mar�o, com o leil�o previsto para acontecer seis meses depois.
“O modelo final do Trem de Alta Velocidade (TAV) j� est� fechado na ANTT, mas ainda precisa ser validado pelos ministros que coordenam o Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC)”, afirmou Figueiredo. “Espero que possamos definir isso em uma reuni�o na pr�xima semana”, completou.
Depois de v�rias tentativas fracassadas de leil�o, o governo decidiu dividir em duas partes o processo de licita��o do trem-bala. Na primeira fase, ser� escolhida a tecnologia empregada na opera��o dos trens. Posteriormente, ap�s a conclus�o do projeto executivo pelo cons�rcio vencedor, a ANTT vai leiloar lotes para as obras civis do trajeto, com a esperada participa��o de diversas empreiteiras.
Retomada
Figueiredo garantiu tamb�m que a Valec - estatal que cuida do setor de ferrovias - deve retomar as obras nos principais eixos ferrovi�rios do Pa�s no in�cio de 2012. Os projetos da estatal foram paralisados por causa das den�ncias que envolveram o Minist�rio dos Transportes neste ano, mas, segundo ele, a companhia est� em negocia��o com as empresas contratadas para o atendimento de todas as recomenda��es do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU).
A inten��o � dar finalmente continuidade a cerca de 6 mil quil�metros de obras. De acordo com Figueiredo, os principais projetos que devem ser retomados s�o a ferrovia Transnordestina, a conclus�o da ferrovia Norte-Sul at� S�o Paulo e a sua extens�o at� Dourados (MT), al�m da Oeste-Leste na Bahia, entre outros.
Al�m disso, acrescentou o diretor, o governo planeja a moderniza��o de outros 6 mil quil�metros de ferrovias j� concedidos, mas que est�o defasados em rela��o ao modelo atual de neg�cios. Tratam-se de ferrovias centen�rias, como a S�o Paulo-Porto Alegre, Vit�ria-Rio e Recife-Belo Horizonte. “Nesses casos � preciso uma completa reestrutura��o, porque apenas recuper�-los n�o seria suficiente para torn�-los competitivos”, disse o diretor.
Segundo Figueiredo, apenas metade das estruturas atuais poderiam ser preservadas nesses casos. “Ser� preciso rever v�rias caracter�sticas e eliminar gargalos, como curvas muito apertadas rampas muito elevadas e passagens urbanas, al�m de trazerem essas ferrovias para bitolas compat�veis”, afirmou.