O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta ter�a-feira que h� um processo de converg�ncia da infla��o para a meta. A infla��o em 12 meses, ap�s alcan�ar o pico em outubro, est� em trajet�ria de queda, segundo Tombini, e esse processo vai continuar a ser visto nos pr�ximos meses.
O presidente do BC afirmou ainda que a infla��o rodava em patamares elevados na virada do ano e que o BC tomou medidas macroprudenciais para mitigar riscos. "Conseguimos converg�ncia da infla��o para meta desde maio. E essa converg�ncia prosseguir� nos pr�ximos meses", afirmou.
Conforme o presidente do BC, as institui��es financeiras brasileiras t�m hoje uma exposi��o cambial menor do que a vista no passado. "Vimos a redu��o das exposi��es", afirmou durante audi�ncia na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado. "Preparamos o mercado para que, em per�odos de maior turbul�ncia uma opera��o pudesse ser desfeita em tr�s dias. Isso foi feito e deu resultado", disse.
O presidente da autoridade monet�ria salientou tamb�m que, desde maio, j� � poss�vel verificar os resultados efetivos das pol�ticas macroprudenciais adotadas em dezembro do ano anterior. "Vimos o resultado das pol�ticas dessa ampla estrat�gia sobre as press�es inflacion�rias", citou.
Para Tombini, o mercado de trabalho norte-americano apresentou melhora na margem, tem se comportado um pouco melhor, mas que o desemprego permanece em n�veis elevados. "A cria��o de empregos tem ocorrido na margem, mas ainda relativamente fraca para superar todos os empregos perdidos durante o ano de crise."
O presidente do BC afirmou ainda que o mercado imobili�rio ainda n�o se recuperou e que os pre�os de im�veis se mant�m nos n�veis de crise. "N�o houve recupera��o, prejudicando o efeito riqueza." Tombini disse tamb�m que as expectativas de crescimento foram revisadas para baixo, de 3,10% no in�cio do ano para um crescimento esperado que est� na faixa de 2,20%.
Com rela��o a crise na Europa, Tombini considera que a zona do euro passa por problemas que ainda n�o possuem solu��o definitiva. "As negocia��es pol�ticas avan�am rumo � uni�o fiscal na Europa, mas os detalhes n�o est�o totalmente claros", ponderou.
Na opini�o do presidente do BC, o plano recente apresentado pelo bloco europeu n�o � solu��o definitiva para crise, os bancos ainda apresentam vulnerabilidade e o cr�dito tem sofrido, n�o s� com redu��o de estoque, mas com fluxo de novos ativos em fun��o da necessidade de se adequar o capital aos riscos existentes na �rea. "Com isso, a Europa deve ter baixo crescimento e alguns pa�ses, recess�o", previu, acrescentando que as expectativas de crescimento t�m sido reduzidas "significativamente".