A emiss�o de t�tulos e a alta do d�lar fizeram a D�vida P�blica Federal (DPF) subir 1,49% em novembro. De acordo com dados do Tesouro Nacional, o estoque da DPF passou de R$ 1,806 trilh�o em outubro para R$ 1,833 trilh�o no m�s passado.
A d�vida p�blica mobili�ria (em t�tulos) interna subiu 1,15%, passando de R$ 1,732 trilh�o para R$ 1,752 trilh�o. Isso ocorreu porque o Tesouro emitiu R$ 3,38 bilh�es em t�tulos a mais do que resgatou. A alta tamb�m foi impulsionada pela incorpora��o de R$ 16,61 bilh�es em taxas de juros.
O reconhecimento de juros ocorre porque a corre��o que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores (que emprestam dinheiro para que o governo possa rolar a d�vida) � incorporada gradualmente ao valor devido. No caso de um investidor que comprou um t�tulo por R$ 100 com corre��o de 12% ao ano, ele receber� R$ 964 ao final de 20 anos. Essa diferen�a � incorporada m�s a m�s ao total da d�vida p�blica.
Assim como em outubro, a alta do d�lar voltou a pressionar a d�vida p�blica externa em novembro. De acordo com o Tesouro, a valoriza��o de 7,25% da moeda norte-americana diante do real fez a d�vida subir 9,45%, encerrando novembro em R$ 80,93 bilh�es, contra R$ 73,94 bilh�es registrados no m�s anterior. A d�vida externa tamb�m subiu por causa de um lan�amento de US$ 1 bilh�o em t�tulos no mercado internacional no in�cio de novembro.
A parcela da d�vida interna vinculada ao c�mbio ficou praticamente est�vel, registrando 0,4% no m�s passado, contra 0,44% em outubro. Esses n�meros levam em conta o swap cambial pelo Banco Central (BC), opera��es de venda de d�lar no mercado futuro que t�m impacto na d�vida p�blica. Desde setembro, o BC retomou essas opera��es para conter a disparada do d�lar ap�s o agravamento da crise econ�mica nos Estados Unidos e na Europa.
Com a taxa definida com anteced�ncia, os t�tulos prefixados s�o prefer�veis para o Tesouro Nacional porque d�o maior previsibilidade � administra��o da d�vida p�blica. Em contrapartida, os pap�is vinculados � Selic representam mais risco porque pressionam a d�vida para cima em ciclos de alta dos juros b�sicos.
O prazo m�dio da DPF apresentou leve melhora, aumentando de 3,64 anos em outubro para 3,65 anos em novembro. O Tesouro Nacional n�o divulga o resultado em meses, apenas em anos. A participa��o dos vencimentos nos pr�ximos 12 meses caiu de 23,74% para 22,73%. Prazos mais longos s�o favor�veis para o Tesouro porque d�o ao governo mais tempo para planejar e executar as opera��es de renegocia��o (rolagem) da d�vida p�blica.
Por meio da d�vida p�blica, o governo pega emprestado recursos dos investidores para honrar compromissos. Em troca, se compromete a devolver os recursos com alguma corre��o, que pode ser definida com anteced�ncia, no caso dos t�tulos prefixados, ou seguir a varia��o da taxa Selic (juros b�sicos), da infla��o ou do c�mbio.