O ano de 2011 deve terminar com final feliz para a ind�stria brasileira do turismo, com perspectiva de alta de cerca de 20% no faturamento das ag�ncias e operadoras de viagens. O segmento recebeu um impulso com o surgimento de novos consumidores que chegaram � classe m�dia nos �ltimos anos e colocaram o turismo no seu or�amento familiar. Pacotes e produtos especiais foram montados para atender essa nova demanda, que cada vez mais vai exigir do governo e da iniciativa privada a constru��o de uma infraestrutura suficiente para acolher essa expans�o.
� na classe m�dia que est� a justificativa da Associa��o Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) para o crescimento de 20% previsto para este ano. O alto n�vel de emprego no Pa�s significa para o turismo, al�m de renda dispon�vel, que mais trabalhadores possuem o benef�cio das f�rias regulamentadas. E nada combina mais com f�rias do que viagens. "A classe C est� se inserindo no turismo tanto dom�stico quanto internacional", afirma o presidente da entidade Marco Ferraz. "O turismo est� se tornando necessidade na cesta de consumo das fam�lias", completa.
O presidente da Associa��o Brasileira de Ag�ncias de Viagens (Abav), Antonio Azevedo, conta que para atingir a classe m�dia, as empresas oferecem produtos mais em conta e com prazos mais extensos para o consumidor pagar. E para isso necessitam de cr�dito. "A classe m�dia compra com base no valor que vai comprometer a sua renda mensal. Dividido em dez vezes, um pacote de R$ 1.000 fica dilu�do no or�amento familiar", exemplifica. "Medidas do governo para expans�o do cr�dito s�o fundamentais".
O ponto negativo do setor em 2011, na opini�o do presidente da Abav, ficou no campo pol�tico. Azevedo reclama da gest�o de Pedro Novais (PMDB-MA), que come�ou o governo Dilma Rousseff como ministro do Turismo. Ele diz que o peemedebista n�o conhecia o setor quando assumiu o cargo em janeiro. "A ind�stria do turismo n�o depende s� do minist�rio, mas se n�o existe medidas governamentais para desenvolver a infraestrutura tur�stica o setor inteiro fica prejudicado", afirma. Novais deixou o comando da Pasta em 14 de setembro ap�s den�ncias de uso irregular de recurso p�blico.