Apesar de promissor, � na constru��o civil que se encontra a maior taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas do Brasil, com �ndice de 31,4% em Minas Gerais e de 33,8% no Brasil, acima da m�dia global de 26% no pa�s (veja quadro). Para o diretor t�cnico nacional do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, o forte aumento da concorr�ncia est� entre as dificuldades para manuten��o da empresa. “Quem tiver uma estrutura inadequada de custos ser� punido, j� que hoje n�o cabe m� gest�o neste neg�cio”, observa o especialista. A briga por m�o de obra qualificada tamb�m exige que as pequenas sejam mais atrativas aos profissionais, o que pode se tornar um novo impasse. O que n�o impede que mais de 97% das 161 mil empresas instaladas no setor em 2010 fossem enquadradas como micro ou pequenas.
Na outra ponta, a ind�stria lidera como o setor em que as empresas t�m maior �ndice de sobreviv�ncia, chegando pr�ximo a 80%. “Pelo fato de ser ind�stria, ela tem muito mais capital e um n�vel de sofistica��o do processo produtivo elevado”, avalia Carlos Alberto. Associado a isso, est� o fato de, na maioria das vezes, o neg�cio estar atrelado a uma cadeia produtiva. “Ela faz parte de um elo no qual o comprador � uma pessoa jur�dica. Com isso, h� um estabilizador, que seria a empresa �ncora”, afirma o especialista.
Em geral, s�o empresas ligadas � cadeia de petr�leo e g�s ou automobil�stica que t�m garantia de mercado. “Al�m disso, h� padr�es bem definidos de qualidade e certifica��o que exigem adequa��o”, observa Carlos Alberto.
Personagens da not�cia

ex-microempres�rias
Sem o bar ap�s sete meses
N�o era o fim prematuro que �ngela Maria de Paiva e a nora Luana Alves Siqueira esperavam ao assumirem o bar que uma amiga abandonou por quest�es pessoais. Mas foi o que acabou acontecendo depois de sete meses de grandes dificuldades. “J� come�amos mal. Os endere�os do estabelecimento e da minha casa foram trocados e n�o percebemos”, explica �ngela. O que parecia um erro simpl�rio se tornou uma grande dor de cabe�a. “N�o conseguimos pegar as m�quinas de cart�o de cr�dito e perdemos muitas vendas”, acrescenta. Somado a isso estava a falta de capital de giro. Outro contratempo foi a descoberta de que naquela rua n�o era poss�vel a abertura de restaurante, pr�ximo passo que seria dado pelas s�cias. “Com isso, n�o recebemos o alvar�”, conta �ngela, que ainda lamenta n�o ter conseguido empr�stimo no banco para investir no neg�cio.