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Estado de Minas

Cautela ainda predomina entre investidores diante da crise


postado em 04/01/2012 16:26

O recorde absoluto de dep�sitos no Banco Central Europeu e o baixo entusiasmo demonstrado pelos investidores na �ltima emiss�o da d�vida pela Alemanha nesta quarta-feira continuam sendo sintomas de prud�ncia ante a falta de solu��es � crise da d�vida.

A cautela foi vis�vel no desempenho das bolsas nesta quarta-feira, com todas as bolsas europeias fechando no vermelho: Mil�o e Madri lideraram as quedas, com 2,05% e 1,72%, seguidas por Paris, -1,59%, Frankfurt, -0,89%, e Londres, com -0,55%. Wall Street tamb�m abriu em queda, de 0,22%, e o euro perdia terreno ante o d�lar, caindo a 1,29 d�lar pela tarde. O maior motivo de preocupa��o � o novo recorde que registraram os dep�sitos dos bancos da zona do euro no Banco Central Europeu, com 453,180 bilh�es de euros.

Com juros de 0,25%, esses enormes dep�sitos no BCE evidenciam um descompasso no mercado de empr�stimos interbanc�rios, uma vez que as entidades banc�rias t�m preferido aplicar o excesso de liquidez na pr�pria institui��o europeia, ao inv�s de realizarem neg�cios entre si ou emprestar � economia real.

"Nota-se que a confian�a entre os bancos n�o ser� recuperada e que o mercado interbanc�rio continua sem funcionar", disse � AFP o economista do HSBC, Trinkaus Stefan Schilbe. "Atualmente, a maior parte do dinheiro enmprestado pelo BCE volta a ele e isso n�o vai mudar de um dia para outro", afirmou.

A crise da d�vida p�blica, a amea�a de uma redu��o geral das notas soberanas da zona do euro pelas ag�ncias de classifica��o financeira, o aumento do n�vel de fundos pr�prios dos bancos europeus e a preocupa��o sobre a conjuntura na zona do euro s�o as principais causas deste fen�meno.

C�dric Tellier, economista de Natixis, relativizou os dep�sitos recordes no BCE ao recordar que os bancos os multiplicaram no final do ano para o balan�o no dia 31 de dezembro, e esse efeito est� "dilu�do progressivamente".

O fato de os bancos reterem sua liquidez ilustra, contudo, sua falta de apetite por t�tulos da d�vida soberana da zona do euro. E � justamente esse apetite que os europeus esperavam ver ressurgir atrav�s das opera��es de cr�dito massivo do BCE.

Apesar do entusiasmo contido, a Alemanha obteve �xito em sua emiss�o de b�nus a 10 anos desta quarta-feira, captando 5,140 bilh�es de euros, pouco acima da meta do Bundesbank, de 5 bilh�es.

A emiss�o desta quarta-feira foi bastante superior � anterior, de novembro, quando a Alemanha captou apenas 3,6 bi de euros, diante de una oferta de 6 bi. A ag�ncia financeira alem�, organismo respons�vel pela emiss�o do Bundesbank, classificou de "s�lido" o resultado da nova emiss�o.

"A emiss�o n�o foi t�o ruim com a do final de novembro, mas mostrou que os operadores est�o bastante prudentes", inclusive para o segmento de luxo do Bund a 10 anos, que � considerado um valor extremamente seguro", disse Annalisa Piazza, economista da Newedge.


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