A Ag�ncia Internacional de Energia (AIE) reduziu sua previs�o para demanda de petr�leo, ap�s o consumo cair no quarto trimestre de 2011 pela primeira vez desde o fim da crise de cr�dito. A ag�ncia reduziu em 500 mil barris por dia, para 89,5 milh�es de barris por dia, sua previs�o para a demanda no primeiro trimestre de 2012, citando os problemas econ�micos na Europa e a cont�nua alta dos pre�os em raz�o das tens�es entre o Ir� e o Ocidente. A previs�o para o crescimento da demanda por petr�leo em 2012 foi cortada em 200 mil barris por dia, para 1,1 milh�o de barris por dia.
A queda de 300 mil barris por dia da demanda por petr�leo no quarto trimestre, em rela��o ao mesmo per�odo de 2010, com a maior parte da redu��o ocorrendo na Am�rica do Norte, surpreendeu a ag�ncia. A AIE previu no m�s passado uma leve alta da demanda no quarto trimestre, mas a combina��o de clima ameno, enfraquecimento econ�mico e alta dos pre�os do petr�leo reduziu o consumo pela primeira vez desde a pior fase da grande recess�o no terceiro trimestre de 2009.
A AIE revisou ainda sua previs�o para a produ��o das refinarias para 74,8 milh�es de barris no quarto trimestre de 2011, uma queda de 250 mil barris por dia na compara��o com a proje��o divulgada em dezembro do ano passado pela ag�ncia. A produ��o das refinarias dever� alcan�ar uma m�dia de 749 milh�es de barris por dia, 170 mil barris por dia a menos do que o previsto pela AIE anteriormente.
A AIE, que representa os maiores pa�ses riscos consumidores de energia, alertou que "a probabilidade crescente de um forte abrandamento econ�mico, ou de uma recess�o pura e simples", cria a possibilidade muito real de crescimento zero da demanda por petr�leo em 2012.
"A pr�xima revis�o das previs�es do Produto Interno Bruto (PIB) do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e de outras institui��es pode resultar em um crescimento ainda mais fraco", destacou a AIE. Quase todo o crescimento da demanda por petr�leo em 2012 vir� do aumento de produ��o em pa�ses que n�o fazem parte da Organiza��o de Pa�ses Exportadores de Petr�leo (Opep), acrescentou a ag�ncia.
A AIE alertou tamb�m sobre os m�ltiplos riscos para a oferta de petr�leo, n�o menos amea�adores que as san��es contra as exporta��es de petr�leo iranianas, que poderiam causar dificuldades significativas de abastecimento de petr�leo para as refinarias europeias. A AIE observou, por�m, que as san��es do Ocidente n�o dever�o ter efeitos significativos at� o meio do ano e provavelmente ser�o flex�veis o suficiente para evitar uma grave rea��o do mercado de petr�leo.
"Pelo menos uma parcela das exporta��es de 2,5 milh�es de barris por dia do Ir� provavelmente ser� negada �s refinarias da Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) durante a segunda metade de 2012, apesar de cen�rios mais apocal�pticos de uma interrup��o sustentada no estreito de Ormuz parecerem menos prov�veis", disse a ag�ncia.