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Estado de Minas

Mario Monti disposto a liberalizar economia italiana, apesar de protestos


postado em 20/01/2012 12:45

O governo de Mario Monti prev� adotar nesta sexta-feira um ambicioso plano para liberalizar a economia, destinado a suprimir obst�culos que freiam o crescimento do pa�s, atingido pela crise da d�vida, mas as corpora��es afetadas est�o em p� de guerra.

O conselho de ministros, que deve autorizar este plano, come�ou sua reuni�o �s 10H00 GMT (08H00 de Bras�lia).

Depois da ado��o, no fim de dezembro, de um novo plano de austeridade, Monti iniciou a "fase 2" com estas liberaliza��es em uma tentativa de reativar a economia do pa�s, que entrou em recess�o.

T�xis, farm�cias, transportes p�blicos locais, distribuidores de gasolina, de g�s, profissionais liberais. Os setores que ser�o mais abertos � concorr�ncia por estas medidas ser�o muito numerosos.

Segundo os primeiros detalhes divulgados pela imprensa, o plano prev� o aumento do n�mero das licen�as de t�xi e do n�mero de farm�cias, a liberdade de escolha dos fornecedores para alguns postos de gasolina ou a aboli��o das tarifas m�nimas de advogados ou not�rios.

Para fazer com que os pre�os do g�s diminuam mediante o refor�o da concorr�ncia, o governo espera obrigar o gigante da energia ENI a ceder sua rede de transporte ao Snam Rete Gas.

O ex-comiss�rio europeu da concorr�ncia,Monti, que fez deste tema uma de suas grandes prioridades desde sua chegada ao poder, em meados de novembro, convocou h� duas semanas um "desarmamento multilateral de todas as corpora��es" para dar espa�o � concorr�ncia e aos jovens.

Tamb�m ressaltou a necessidade de "reduzir as prote��es" das quais se beneficia "cada categoria na It�lia, mais que em outros pa�ses", e que beneficiam "os que est�o na cidadela em rela��o aos que n�o est�o".

"A economia italiana est� muito bloqueada, e liberalizar os principais setores pode elevar o potencial de crescimento a 2%", enquanto o crescimento do PIB anual n�o superou 1% de m�dia dos dez �ltimos anos, considerou para a AFP o economista Giuliano Nico, professor do MIP, a escola de com�rcio da Universidade Polit�cnica de Mil�o.

A associa��o de consumidores Adiconsum calculou que a queda dos pre�os provocada pela inevit�vel abertura � concorr�ncia de muitos setores significar� para as fam�lias italianas uma economia de mais de mil euros por ano.

Mas as corpora��es mais atingidas est�o em p� de guerra contra estas medidas.

Os taxistas multiplicaram nos �ltimos dias as greves e, apesar das concess�es obtidas pelos sindicatos, v�o continuar os protestos.

"Endividei-me por trinta anos para pagar minha licen�a", justifica um taxista de Mil�o para explicar sua frontal oposi��o ao aumento do n�mero de t�xis no mercado.

A organiza��o de farmac�uticos Federfarma n�o excluiu formas "extremas de protesto".

Agora Monti precisar� submeter seu plano ao Parlamento, onde estas corpora��es contam com grandes apoios.

O jornal econ�mico Il Sole 24 Ore, que fala sobre um dia hist�rico, felicita Monti por sua "valentia", mas ressalta que agora ser� necess�rio "o s�lido apoio do Parlamento".

Al�m das liberaliza��es, outra prioridade de Monti � a reforma do mercado de trabalho, outro assunto muito sens�vel sobre o qual o governo convocou uma mesa-redonda para segunda-feira.


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