A �frica est� finalmente pronta para contornar seu hist�rico de pobreza e passar a exercer um novo papel na economia mundial como poderoso motor de crescimento, disseram diversos dirigentes pol�ticos africanos no F�rum Econ�mico de Davos (Su��a).
Apesar de todos eles admitirem que ainda h� muito por fazer no continente mais pobre do planeta, em especial em mat�ria de infraestrutura, com�rcio e educa��o, os dirigentes foram un�nimes em afirmar que a regi�o passou para um novo patamar de crescimento.
"Qual � a economia de um trilh�o de d�lares que cresceu na �ltima d�cada mais rapidamente que a �ndia e que crescer� na pr�xima d�cada mais rapidamente que o Brasil?", perguntou o ex-primeiro-ministro brit�nico Gordon Brown, retomando uma pergunta da ex-diretora do Banco Mundial, Ngozi Okonjo Iweala.
"A resposta �, obviamente, a �frica Subsaariana", respondeu o pr�prio dirigente brit�nico ante os participantes do 42ª F�rum Econ�mico Mundial.
Segundo Zenawi, a �frica est� "atualmente no mesmo n�vel que a �ndia estava no in�cio da d�cada de 1990. Inclusive temos agora aproximadamente uma popula��o do mesmo tamanho".
Para o president da Guin�, Alpha Cond�, o continente africano est� pronto para avan�ar, apesar de muitos pensarem que a regi�o ainda est� fragilizada pelas enormes car�ncias de seu sistema educativo e por sua infraestrutura decadente.
Esta nova �fricpa est� representada por sua juventude e suas mulheres, que s�o muito din�micas", disse, antes de formular um pedido a outros l�deres africanos para unificar pol�ticas de desenvolvimento econ�mico, usando como mecanismo as estruturas transnacionais no seio da Uni�o Africana. "Se atingirmos avan�os importantes em mat�ria de educa��o e conseguirmos dominar as novas tecnologias, podemos alcan�ar em dois ou tr�s anos aquilo que outros levaram 20 anos para conseguir", disse Cond�.
J� o presidente da Tanz�nia, Jakaya Kikwete, aproveitou o evento para dizer que o continente africano tem sido v�tima de erros pol�ticos do mundo desenvolvido.
"N�s somos parte da economia mundial, e portanto aquilo que acontece em outras partes do mundo nos afeta igualmente", disse. "Temos muita ansiedade com rela��o � crise da zona do euro. Espero que esta situa��o seja resolvida rapidamente", disse Kikwete.