
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, em sua primeira visita a Cuba, entregou nesta quarta-feira um apoio concreto �s reformas econ�micas implementadas pelo presidente Ra�l Castro, o que considerou como uma coopera��o bilateral "estrat�gica".
Entre as medidas de apoio, a presidente brasileira assinou acordos para criar um banco de dados geol�gicos, refor�ar o Centro de Tecnologia e Qualidade do minist�rio da Ind�stria Sider�rgica e criar uma rede de bancos de leite materno.
"Creio que a maior contribui��o que podemos fazer aqui em Cuba � ajudar a desenvolver o processo econ�mico", disse Rousseff em Havana, ao declarar que esta coopera��o � "estrat�gica para o Brasil e para Cuba".
Em Cuba, Dilma, que lidera a maior economia da Am�rica Latina, se reuniu com o presidente cubano Ra�l Castro e tamb�m conversou com seu irm�o e antecessor, Fidel Castro, de 85 anos. No �mbito dos acordos, o Brasil enviar� especialistas para supervisionar a implementa��o dos projetos e para treinar especialistas cubanos no Brasil.
Dilma tamb�m visitou o porto de Mariel, 50 km a oeste de Havana, onde o Brasil destinou 450 milh�es de d�lares para financiar a expans�o das instala��es portu�rias. O com�rcio bilateral atingiu um recorde de 642 milh�es de d�lares em 2011, fazendo do Brasil o segundo maior parceiro comercial de Cuba na Am�rica Latina, atr�s da Venezuela.
Mas as exporta��es brasileiras para Cuba atingem 550 milh�es de d�lares, deixando este interc�mbio comercial em claro desequil�brio, que ambos os lados querem corrigir. Na ter�a-feira, Dilma recusou-se a criticar a posi��o de Cuba em rela��o aos direitos humanos, dizendo que o problema n�o deve ser utilizado como uma arma de combate pol�tico-ideol�gico.
"Que atire a primeira pedra quem n�o tiver telhado de vidro. N�s temos no Brasil. Sendo assim, concordo em falar de direitos humanos de uma perspectiva multilateral", disse Dilma � imprensa no Pal�cio da Revolu��o, antes de dirigir-se ao Haiti para conversar sobre quest�es econ�micas e de imigra��o.
Coincidentemente � visita de Rousseff, a gigante Odebrecht, que desenhou e dirige as obras em Mariel, anunciou que firmar� um acordo com o grupo estatal cubano Azcuba, que controla a produ��o de a��car, para ampliar a produ��o na prov�ncia de Cienfuegos, no centro-sul da ilha.