O ministro-chefe da Secretaria de Avia��o Civil, Wagner Bittencourt, avaliou que o resultado do leil�o dos aeroportos de Guarulhos (Cumbica), Campinas (Viracopos) e Bras�lia (JK), realizado hoje, na sede da BM&F Bovespa, foi expressivo, com �gio de 373% para Guarulhos, 159% para Viracopos e 675% para Bras�lia.
Segundo ele, isso sinaliza que os investimentos no pa�s s�o seguros e rent�veis, j� que foram 11 cons�rcios habilitados, com investidores nacionais e internacionais. “Todos os vencedores foram muito assertivos, positivos, com lances bastante agressivos, o que demonstrava a vontade e a coragem dos interessados”.
A Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) arrecadou R$ 24.535.132.500 com o leil�o, quase cinco vezes os R$ 5,5 bilh�es previstos no edital de licita��o. A concess�o para explora��o do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em S�o Paulo, que tem prazo de 20 anos, foi arrematada por R$ 16.213.000.000, pelo cons�rcio Invepar – composto pelas empresas Invepar (Investimentos e Participa��es em Infraestrutura S.A) e Acsa, da �frica do Sul.
O valor da concess�o do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), ficou em R$ 3.821.000.000, e foi arrematada pelo cons�rcio Aeroportos Brasil, composto pela Triunfo Participa��es e Investimentos (45%), UTC Participa��es (45%) e Egis Airport Operation (10%).

J� o Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, em Bras�lia, foi arrematado por R$ 4.501.132.500, lance feito pelo cons�rcio Inframerica Aeroportos, composto pelas empresas Infravix Participa��es SA (50%) e Corporaci�n America S.A. (50%).
A partir da assinatura do contrato de concess�o, haver� um per�odo de transi��o de seis meses, prorrog�vel por mais seis, no qual a concession�ria administrar� o terminal em conjunto com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportu�ria (Infraero). Ap�s esse per�odo, o novo controlador assume as opera��es do aeroporto. A gest�o do espa�o a�reo nos terminais concedidos n�o sofrer� mudan�as e continuar� sob o controle do Poder P�blico.
Segundo o ministro, a concess�o deve ser transferida para o setor privado em maio. As metas de investimento para a Copa do Mundo de 2014 e as multas para aqueles que n�o entregarem a obra a tempo est�o mantidas. “� importante e fundamental que a entrega de obras, n�o s� para a Copa do Mundo, mas para atender a demanda que tem crescido de forma significativa, que a gest�o e os servi�os prestados pelos aeroportos sejam realmente de qualidade, como est� previsto e regulado no contrato”.
Quando perguntado sobre como ser� a rela��o com Infraero, que tem quase metade do tamanho da empresa que ser� constitu�da, o representante do cons�rcio Infram�rica Aeroportos, Jos� Antunes Sobrinho, disse que o grupo est� satisfeito em ter a empresa estatal como s�cia. “At� porque o comando dos terminais est� na m�o da Infraero e seria completamente dif�cil come�ar um neg�cio nessas condi��es partindo do zero. N�o vemos nenhum problema na rela��o com estatais.”
O presidente do cons�rcio Aeroportos Brasil, Carlo Alberto Butareli, ressaltou que a rela��o com a Infraero melhora a aprendizagem. E o presidente do Cons�rcio Invepar-ACSA, Gustavo Rocha, disse que a Infraero det�m todo o conhecimento sobre o setor, por isso, a parceria � positiva, com interesses por parte de todos os envolvidos.
O presidente da Infraero, Gustavo do Valle, refor�ou que a participa��o de 49% da empresa na parceria n�o existe para que haja interfer�ncia de sua parte na administra��o dos terminais, mas para manter as receitas da estatal. “Esses 49% representam metade dos dividendos que essas empresas dar�o de lucro ao longo dos anos. Essa porcentagem faz parte da receita que est� prevista para que a Infraero continue existindo mesmo perdendo a receita integral desses tr�s aeroportos”. De acordo com ele, os tr�s cons�rcios ter�o a liberdade de administrar os aeroportos da forma como considerarem melhor.