O aumento da competitividade da ind�stria brasileira e o freio sobre o processo de desindustrializa��o envolvem a necessidade de cria��o, no pa�s, de "marcos regulat�rios confi�veis e a desonera��o tribut�ria", segundo avalia��o feita hoje pelo presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Robson de Andrade.
Na abertura do semin�rio RedInd�stria, Andrade defendeu ainda a necessidade de investimentos em infraestrutura e nas �reas de educa��o e de sa�de. O evento, que vai at� amanh� (8), discute a agenda legislativa do segmento para 2012.
Para o presidente da CNI, um dos projetos em tramita��o no Congresso Nacional extremamente importante para o setor empresarial brasileiro � o que acaba com o pagamento adicional de 10% sobre os dep�sitos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS) no momento da demiss�o do trabalhador. Trata-se de acr�scimo feito � multa paga nesses casos, de 40% sobre os dep�sitos efetuados durante o tempo de trabalho, cuja “raz�o de ser”, para Andrade, "j� cessou",
Ele apontou tamb�m como prioridade para a ind�stria a unifica��o do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMs), que "onera excessivamente os bens importados necess�rios � ind�stria e que circulam dentro do pa�s”.
Para o deputado Bruno Ara�jo (PSDB-PE), que participou do semin�rio, at� 2003 no Brasil, eram feitas reformas estruturais. "Como esse processo n�o continuou, o pa�s vive uma fase de desindustrializa��o, acarretando aumento das importa��es". Ara�jo argumenta que, "apesar dos riscos, os investimentos em inova��o tecnol�gica s�o forma segura de promover emprego e gerar renda".
O senador Jos� Pimentel (PT-CE) destacou que o pa�s ainda vive o problema da defici�ncia de m�o de obra. Ele disse que a demanda tem sido crescente, principalmente devido ao aumento do n�mero de micro e pequenas empresas. H� oito anos, por exemplo, havia 1,3 milh�o de micro e pequenas empresas no pa�s, n�mero que passa atualmente dos 6 milh�es. Nesse per�odo, foram gerados 16 milh�es de empregos.
A expans�o da economia obriga as empresas a trazer de outros pa�ses m�o de obra especializada, que vem "assumir empregos que deveriam ser dos brasileiros". Por isso, o governo criou 280 escolas t�cnicas e outras 120 dever�o ser criadas at� 2014, segundo Pimentel. A meta, segundo ele, � que, em 2020, todos os estudantes de ensino m�dio contem com a oferta de escolas de ensino t�cnico.