O recente acesso das camadas mais pobres da popula��o aos servi�os banc�rios – em especial, a cart�es de cr�dito – � respons�vel por parte da inadimpl�ncia registrada em janeiro, disse o presidente da Confedera��o Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior. Segundo entidade, a inadimpl�ncia do consumidor brasileiro subiu 2,91% em janeiro, na compara��o com o mesmo m�s de 2011.
“O pa�s est� tornando os bancos acess�veis �s classes baixas, que entram no sistema de cart�o sem ter experi�ncia sobre o seu melhor uso. Essas classes ainda n�o se acostumaram com o maior poder de compra e acabaram se endividando”, ressaltou Pellizzaro, ao divulgar o Indicador SPC Brasil de vendas no com�rcio e inadimpl�ncia pessoa f�sica.
Por desconhecerem as ferramentas dispon�veis nos cart�es, as pessoas acabam comprando sem verificar a melhor forma de parcelamento. “O melhor � sempre pagar o cart�o na data de vencimento. Mas, se for para parcelar, que seja a pre�os fixos, com o lojista concedendo o cr�dito por meio do cart�o. Em geral, a compra pode ser feita em at� seis parcelas, com juros bem mais baixos”, explicou.
“Todo lojista deveria saber que pode fazer isso. Basta, na m�quina do cart�o e dentro da op��o parcelar, escolher a op��o loja, e n�o a de cart�o. O juro � bem menor e pode chegar a um ter�o ou um quarto do cobrado”, detalhou.
Pellizzaro aproveitou a divulga��o do indicador para sugerir que os bancos brasileiros regularizem o cheque pr�-datado. “Este � um procedimento usual para os brasileiros, que poderia at� j� vir impresso [como op��o] na folha de cheque. A loja pagaria uma taxa ao banco, para fazer uso desse servi�o, que poderia inclusive adiantar o pagamento do pr�-datado. Assim, seriam dilu�dos e, consequentemente, a taxa de juros poderia diminuir”, disse ele.