A China manifestou nesta quarta-feira sua confian�a na Zona Euro e prometeu continuar comprando a d�vida soberana europeia, em uma tentativa de apoiar economicamente o principal cliente de suas exporta��es.
"Confiamos no desenvolvimento da Europa e no euro", declarou o diretor do Banco Central chin�s, Zhu Xiaochuan, diante de um grupo de estudantes e professores, um dia depois da reuni�o de c�pula em Pequim entre a China e a Uni�o Europeia dominada pela crise da d�vida soberana.
Como de costume, o governo chin�s n�o anunciou o valor de sua ajuda, mas assegurou que continuar� a comprar d�vida europeia para ajudar o continente, que � o maior comprador de produtos chineses.
"A China vai continuar investindo em obriga��es soberanas europeias, atendendo a sua seguran�a, liquidez e aprecia��o de seu valor", explicou Zhou. O diretor esclareceu ainda que a segunda economia mundial n�o ir� reduzir a sua propor��o de investimento em ativos durante a crise.
O presidente chin�s, Hu Jintao, reiterou a inten��o de apoio. "A China apoia as medidas tomadas pela Uni�o Europeia, pelo Fundo Monet�rio Internacional e pelo Banco Central Europeu para enfrentar os problemas da d�vida europeia", declarou o mandat�rio ao presidente da UE, Herman Van Rompuy, e ao presidente da Comiss�o, Jos� Manuel Dur�o Barroso, em visita a Pequim.
A China "participar� das a��es da comunidade internacional para apoiar a Europa e a Eurozona", disse, em declara��es publicadas no site do governo. O governo chin�s, que quer diversificar sua pasta de reservas cambiais, a maior do mundo com cerca de 3,2 bilh�es de d�lares, ter� mais de 500 bilh�es de d�lares da d�vida soberana de Estados europeus, segundo estimativas n�o confirmadas de especialistas.
Al�m disso, foi no mercado europeu que a China mais investiu dinheiro para a compra ou fus�o de empresas, somando 34% do total, de acordo com um novo indicador publicado por um fundo de investimento.
As fus�es e aquisi��es realizadas por investidores chineses na Europa aumentaram 155% em 2011, bem � frente dos investimentos realizados na �sia e na Am�rica do Norte, de acordo com o Fundo A Capital.
Segundo Andr� Loesekrug-Pietri, presidente da A Capital, as empresas chinesas investiram principalmente em energia, ind�strias qu�micas e manufatureiras de alto valor agregado. O presidente da Uni�o Europeia, Herman Van Rompuy, disse, por sua vez, que os l�deres europeus "valorizam muito" a confian�a da China na regi�o, e prometeu fazer tudo o que for poss�vel para "manter o euro e a estabilidade financeira da Eurozona".
Temendo o impacto da crise europeia em suas exporta��es, a China pediu repetidamente aos l�deres da UE solu��es para o problema. Nesse sentido, Barroso afirmou em Pequim que a Europa est� "colocando a casa em ordem", mas avisou que este processo ser� longo. "Isto � uma maratona, n�o uma corrida", disse nesta quarta-feira.