O vencimento de t�tulos prefixados fez a D�vida P�blica Federal (DPF) cair 3,5% em janeiro. Segundo n�meros divulgados h� pouco pelo Tesouro Nacional, o estoque da DPF encerrou o m�s passado em R$ 1,801 trilh�o, contra R$ 1,866 trilh�o registrado no fim de dezembro.
A redu��o da DPF � normal no primeiro m�s de cada trimestre e � provocada pela concentra��o de vencimentos de pap�is prefixados. Apenas em janeiro, R$ 107,3 bilh�es em Notas do Tesouro Nacional do tipo F (NTN-F), um dos pap�is prefixados emitidos pelo governo, foram resgatados.
A d�vida p�blica mobili�ria (em t�tulos) interna caiu 3,29%, passando de R$ 1,783 trilh�o para R$ 1,724 trilh�o. Isso ocorreu porque o Tesouro resgatou R$ 74,61 bilh�es em t�tulos a mais do que emitiu. Nem a emiss�o de R$ 10 bilh�es para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) elevou a d�vida mobili�ria. Esses t�tulos foram emprestados ao banco e representam a �ltima parcela da ajuda anunciada no ano passado de R$ 55 bilh�es para a amplia��o do capital do banco estatal de fomento.
Outro fator que contribuiu para a redu��o da DPF foi a desvaloriza��o do d�lar em rela��o ao real. De acordo com o Tesouro, a queda de 7,29% da moeda norte-americana fez a d�vida p�blica externa recuar 7,8%, encerrando janeiro em R$ 76,79 bilh�es, contra R$ 83,29 bilh�es registrados no m�s anterior. A queda ocorreu mesmo com a capta��o, no exterior, de US$ 825 milh�es pelo Tesouro Nacional, ocorrida em 3 e 4 de janeiro.
Por causa do vencimento de t�tulos prefixados (com juros definidos antecipadamente), a participa��o desses pap�is na d�vida interna caiu de 38,28% em dezembro para 35,17% em janeiro. A fatia dos t�tulos vinculados � taxa Selic (taxa de juros b�sicos da economia) subiu de 31,71% para 33,18%. A participa��o dos t�tulos corrigidos pela infla��o tamb�m aumentou, passando de 29,6% para 31,25%.
A parcela da d�vida interna vinculada ao c�mbio ficou est�vel em 0,4% no m�s passado. Esses n�meros levam em conta as opera��es de swap pelo Banco Central (BC), que equivalem a opera��es de compra ou venda de d�lar no mercado futuro e t�m impacto na d�vida p�blica.
Com taxas definidas com anteced�ncia, os t�tulos prefixados s�o prefer�veis para o Tesouro Nacional porque d�o maior previsibilidade � administra��o da d�vida p�blica. Em contrapartida, os pap�is vinculados � Selic representam mais risco porque pressionam a d�vida para cima em ciclos de alta dos juros b�sicos.
O prazo m�dio da DPF apresentou leve melhora, de 3,62 anos em dezembro para 3,78 anos em janeiro. O Tesouro Nacional n�o divulga o resultado em meses, apenas em anos. A participa��o dos vencimentos nos pr�ximos 12 meses, no entanto, tamb�m aumentou, de 21,89% para 22,38%. Prazos mais longos s�o favor�veis para o Tesouro porque d�o ao governo mais tempo para planejar e executar as opera��es de renegocia��o (rolagem) da d�vida p�blica.
Por meio da d�vida p�blica, o governo pega emprestado recursos dos investidores para honrar compromissos. Em troca, se compromete a devolver os recursos com alguma corre��o, que pode ser definida com anteced�ncia, no caso dos t�tulos prefixados, ou seguir a varia��o da taxa Selic (juros b�sicos), da infla��o ou do c�mbio.