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Estado de Minas

Governo n�o busca c�mbio de R$ 1,70 ou R$ 1,80


postado em 01/03/2012 12:32

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira, 1, que "n�o existe patamar ideal para o c�mbio". "O que sabemos � que c�mbio a R$ 1,50 ou R$ 1,60 � ruim para a economia brasileira, � ruim para a ind�stria e para as exporta��es. � claro que R$ 1,80 � melhor que R$ 1,50", disse Mantega, ao comentar as mudan�as sobre a incid�ncia de Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) para empr�stimos no exterior. Apesar de afirmar que o patamar mais elevado � melhor para a economia brasileira, o ministro da Fazenda disse que o governo "n�o est� buscando R$ 1,80, nem R$ 1,70". "Gostamos da mobilidade do c�mbio flutuante", comentou.

O ministro destacou que as recentes medidas adotadas pela equipe econ�mica geraram imprevisibilidade no mercado de c�mbio, o que � positivo. "Antigamente, o investidor ou o especulador tinha certeza que o real ia se valorizar. Ao fazer essa aposta, ele refor�ava a tend�ncia de valoriza��o. Agora, nem sempre h� essa tend�ncia. Tem dia que o investidor ganha, tem dia que perde", disse. "Temos feito interven��es que s�o eficazes. A�, o investidor pensa duas vezes antes de apostar".

Em rela��o � hip�tese de o Fundo Soberano do Brasil (FSB) comprar d�lares, Mantega afirmou que o fundo "tem essa prerrogativa e o caixa do Tesouro Nacional para comprar recursos". "Se necess�rio for, poremos o FSB tamb�m para comprar d�lar. Por enquanto, o BC est� fazendo isso e est� sendo suficiente", disse.

Isen��o

Mantega explicou que a isen��o de IOF nas liquida��es de opera��es de c�mbio contratadas por investidor estrangeiro em certificado de dep�sito de valores mobili�rios (Brazilian Depositary Receipts - BDR) foi uma corre��o porque outras opera��es em bolsa j� estavam isentas. "O mercado de capitais � positivo para o financiamento barato das empresas", afirmou.

Segundo ele, as empresas devem abrir seu capital e captar recursos vendendo a��es em bolsa. Ele disse a taxa��o que havia no passado ocorria porque o governo temia uma triangula��o, com a entrada dos recursos via bolsa e, depois, com a migra��o para a renda fixa. Mantega disse que a bolsa tem atra�do investimentos para a produ��o.

Emiss�o no exterior

O ministro ainda disse que a emiss�o de t�tulos em real no exterior � "interessante" para o governo brasileiro. "� interessante porque, ao inv�s de trazer o d�lar aqui dentro, o investidor compra o t�tulo l� fora e n�o traz o recurso", disse o ministro ao apresentar o aumento do IOF para empr�stimos contra�dos no exterior em at� tr�s anos.

Apesar de citar que o instrumento � positivo, o ministro da Fazenda disse que "no momento, n�o est� previsto". "Mas, se estivesse, eu n�o poderia dizer", disse o ministro. "Ao longo do tempo, faremos emiss�es em d�lares para dar alternativas para quem quer entrar aqui", explicou.

Investidores externos

O ministro comentou a decis�o do Banco Central Europeu (BCE) de dar mais liquidez ao mercado. Segundo ele, esta � a mesma estrat�gia que j� foi adotada pelo banco central norte-americano (FED). "Vai sobrar liquidez", afirmou. Mantega disse que os bancos europeus n�o confiam uns nos outros e precisam aplicar os recursos. Como n�o est�o emprestando para investidores e consumidores locais, por causa da retra��o econ�mica, precisam aplicar os recursos em pa�ses emergentes s�lidos, como o Brasil. "Ent�o uma parte do dinheiro escorrega para fora (da Uni�o Europeia)", disse.

O ministro garantiu, no entanto, que o Brasil tem como conter este movimento em busca de mais rentabilidade. "Desde que o governo come�ou a adotar medidas, tirando a rentabilidade dos investimentos, o entusiasmo (pelo Brasil) ficou menor", afirmou. Ele lembrou que, nos primeiros tr�s meses de 2011, o fluxo financeiro foi de US$ 35 bilh�es. "Teve entusiasmo demasiado", disse. O ministro disse que este ano n�o come�ou "t�o entusiasmado como no ano passado", mas ainda assim o governo foi obrigado a conter "este entusiasmo".

Crise no BB e Dilma

Mantega admitiu que a crise na gest�o do Banco do Brasil e da Previ, o fundo de pens�o dos funcion�rios do banco estatal, "pode prejudicar" o funcionamento das duas casas e que "tem que acabar". Ao comentar que a crise tem origem em "fofocas", ele afirmou que a presidente Dilma Rousseff n�o exigiu a sa�da de executivos das institui��es.

"A presidente Dilma n�o pediu para fazer nenhuma demiss�o. Essa crise � de fofocas porque, de fato, as duas institui��es est�o funcionando muito bem. Isso � que � importante para o governo", disse o ministro. "Mas, enfim, vamos ter de lidar com isso. Essa situa��o tem que acabar. Porque pode prejudicar. O governo n�o quer que a situa��o atrapalhe as institui��es", argumentou.

Apesar da situa��o, o ministro chamou aten��o para o fato de que o BB segue com "desempenho excelente" e tem apresentado resultados positivos, como o aumento do cr�dito e a redu��o dos juros, e segue com "a rentabilidade elevada". "E a Previ tamb�m est� cumprindo o seu papel".


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