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Estado de Minas

C�mbio e baixo custo favorecem importa��o de leite


postado em 17/02/2012 08:00

O c�mbio � apontado pela pesquisadora Aline Ferro, do Centro de Estudos Avan�ados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), como o principal fator respons�vel pelo expressivo aumento registrado nas importa��es de l�cteos nos �ltimos meses, principalmente do Uruguai. Pelos c�lculos da pesquisadora, no ano passado as importa��es de l�cteos corresponderam a cerca de 4% da produ��o brasileira de leite, estimada em 31 bilh�es de litros.

Aline Ferro lembra que nos per�odos em que o c�mbio favorecia a exporta��o a ind�stria brasileira chegou a exportar 148 mil toneladas de produtos l�cteos e importou 78 mil toneladas, obtendo um super�vit na balan�a do setor de US$ 328 milh�es. Os dados do governo mostram que no ano passado as exporta��es somaram 58 mil toneladas e as importa��es 113 mil toneladas, resultando d�ficit no saldo da balan�a de US$ 179 milh�es, o maior desde 2002.

A pesquisadora explica que, al�m do c�mbio, existe a quest�o dos custos menores de produ��o dos pa�ses vizinhos, principalmente na quest�o da produtividade do rebanho. Ela diz que o custo do leite em p� na f�brica no Brasil fica na faixa de US$ 3.950 a tonelada, enquanto a m�dia de pre�os registrada nas importa��es feitas no m�s passado foi de US$ 3.615 a tonelada, como mostram os levantamentos oficiais. Ela cita, ainda, que o leite p� importado em S�o Paulo custa R$ 7,50 o quilo, enquanto o nacional custa R$ 10 o quilo.

Em janeiro deste ano as importa��es de produtos l�cteos somaram 20,5 mil toneladas, volume 38,5% superior ao importado no mesmo m�s do ano passado. O destaque foi o expressivo crescimento das importa��es do Uruguai, que dobraram em rela��o a janeiro do ano passado e alcan�aram 8,7 mil toneladas, principalmente de leite em p�, que somaram 7,2 mil toneladas.

Os produtores brasileiros est�o em alerta e cobram do governo medidas de defesa comercial. Uma das sa�das pode ser um acordo similar ao firmado com a Argentina. Ap�s muitas discuss�es com o setor privado brasileiro, os argentinos concordaram em limitar a exporta��o de leite em p� para o Brasil a 3,6 mil toneladas mensais.

O coordenador da C�mara do Leite da Organiza��o das Cooperativas Brasileiras (OCB), Vicente Nogueira, que participou das negocia��es com os argentinos, comentou que os uruguaios n�o podem se aproveitar do espa�o deixado pelos argentinos. Ele disse que o aumento da importa��o ocorreu em plena safra, quando � maior o volume captado pelos latic�nios. De acordo com Nogueira, se a importa��o continuar crescendo e n�o for contida com medidas de defesa comercial, semelhantes ao acordo feito com os argentinos, os danos aos produtores de brasileiros, em especial aos da agricultura familiar, ser�o irremedi�veis.


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