O governo federal inicia nesta ter�a-feira a renegocia��o do acordo bilateral de importa��o de autom�veis com o M�xico. O assunto ser� discutido entre t�cnicos governamentais dos dois pa�ses, em reuni�o prevista para ocorrer a partir das 18h, no Itamaraty. Interlocutores do governo mexicano j� est�o no Brasil para iniciar as discuss�es, segundo a assessoria de imprensa da embaixada mexicana.
Na �ltima sexta-feira, o presidente do M�xico, Felipe Calder�n, telefonou � presidenta Dilma Rousseff, e demonstrou “enorme interesse” na manuten��o do acordo automotivo e concordou com a revis�o do tratado. Na ocasi�o, o ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, afirmou que a parceria comercial est� “desequilibrada” para o lado brasileiro e tem beneficiado somente os mexicanos.
Em vigor desde 2002, o acordo bilateral permite a importa��o de ve�culos, pe�as e partes de autom�veis do M�xico com redu��o de impostos e institui um percentual m�nimo de nacionaliza��o dos ve�culos vindos do pa�s. A parceria isenta ve�culos da taxa de importa��o de at� 35%, cobrada sobre carros de fora do M�xico e do Mercosul.
O acordo � semelhante ao que existe entre o Brasil e os pa�ses do Mercosul. Da forma como est�, o tratado tem beneficiado os mexicanos, visto que as importa��es de ve�culos do M�xico tiveram aumento de 40% e o pa�s � o terceiro maior vendedor para o mercado brasileiro. Mesmo valendo para o Brasil, a cl�usula, na pr�tica, n�o tem o mesmo efeito para o pa�s, que vem tendo perdas com o desequilibrio da balan�a comercial.
Para driblar o desequil�brio, o governo brasileiro cogitou utilizar a cl�usula de sa�da do acordo, o que significaria a quebra da parceria. No entanto, a renegocia��o de alguns pontos tem o objetivo de reverter a ruptura. Entre as exig�ncias do Brasil para a negocia��o, est� a maior participa��o do conte�do regional na produ��o dos ve�culos, al�m da inclus�o de caminh�es, �nibus e utilit�rios no benef�cio de al�quota reduzida.