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Estado de Minas

D�lar deve continuar em queda, dizem economistas


postado em 02/03/2012 09:57

O alvo do governo para evitar a valoriza��o excessiva do real, desta vez, foram as opera��es de Pagamento Antecipado (PA), um dos instrumentos pelos quais os exportadores financiam suas atividades. Em janeiro �ltimo, esse tipo de opera��o somou US$ 4,8 bilh�es, ante US$ 1,8 bilh�o no mesmo m�s de 2011, segundo os dados de movimento de c�mbio dispon�veis no site do Banco Central. Em fevereiro at� o dia 24, os PA somavam US$ 3 bilh�es ante US$ 2,5 bilh�es em todo fevereiro do ano passado. Isso despertou as desconfian�as da equipe econ�mica, que est� empenhada em fechar todo o tipo de brecha usada pelos investidores que querem especular, arbitrando as taxas de juros externas baixas com as nacionais, que ainda est�o entre as maiores do mundo, a despeito das �ltimas quedas da Selic.

Com a mudan�a anunciada ontem � noite, horas depois da amplia��o da abrang�ncia do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) para opera��es de empr�stimo externo de prazos at� tr�s anos, a partir de agora, o PA passa a ter prazo m�ximo de 360 dias e a origem dos recursos dever� ser o importador. Contratos com mais de 360 dias ou que tenham origem em institui��es financeiras ou outras empresas ser�o considerados empr�stimos comuns e, por isso, pagar�o IOF se tiverem prazo de at� 3 anos.

"O governo est� tentando fechar brechas e evitar a entrada de recursos que n�o s�o para exporta��o. O mercado sempre acha caminhos e o governo est� de olho para impedir", diz o economista S�nior do Besi Brasil, Fl�vio Serrano.

O operador da Interbolsa Brasil, Ovidio Pinho Soares, avalia que a equipe econ�mica est� acompanhando cada dado que tem dispon�vel antes de tomar as medidas e acredita que esse empenho vai continuar. "N�o tenho d�vida de que o BC tem todos os dados e que o governo est� fazendo contas para tomar as medidas. Ele n�o estendeu a cobran�a do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) para tr�s anos � toa e tamb�m n�o � � toa essa medida de ontem � noite para os Pagamentos Antecipados. Uma � a continuidade uma da outra", afirmou.

Ainda assim, os dois especialistas estimam que o impacto da medida � limitado, assim como foi a amplia��o do IOF ontem. Eles ressaltam que a tend�ncia do d�lar � de queda, determinada por uma associa��o de quest�es dom�sticas e internacionais. Enquanto l� fora sobra dinheiro e faltam op��es de investimento rent�vel e promissor, no Brasil as taxas de juro s�o altas e as oportunidades de ganho s�o diversas e potencialmente mais rent�veis. Ou seja, al�m do diferencial de juros que impele entradas de recursos estrangeiros no Pa�s, h� a expectativa de crescimento econ�mico maior do que a m�dia mundial.

"O que se est� fazendo � tentar reduzir o dinheiro especulativo, mas a maioria dos recursos n�o � especulativa e o d�lar vai continuar caindo. Os investidores n�o est�o vindo s� por causa da arbitragem. O Pa�s est� sendo uma vitrine e v�m investimentos porque os estrangeiros querem vir para c�. O que o governo faz � tentar controlar a antecipa��o dessas entradas que decorrem das expectativas positivas e que geram bolas de neve com press�o forte de queda no d�lar", afirma Soares.

Serrano concorda e acrescenta que "as medidas s� amenizam a queda do d�lar porque h� motivos que s�o globais". "O movimento � muito forte e � como tapar o sol com a peneira. As a��es do governo e do BC controlam um pouco, mas n�o mudam o movimento do c�mbio. Se o investidor ainda est� pensando que aqui h� vantagens em rela��o ao resto do mundo ele vem e coloca o dinheiro", disse.


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