(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Dilma ataca pol�tica monet�ria da Europa e promete mais medidas para segurar d�lar


postado em 06/03/2012 07:06 / atualizado em 06/03/2012 07:10


Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha ao lado de Dilma Rousseff, presidente do Brasil(foto: AFP)
Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha ao lado de Dilma Rousseff, presidente do Brasil (foto: AFP)

Enquanto o astronauta Andre Kuipers, em videoconfer�ncia direto da esta��o espacial internacional, ou o presidente do Google, Eric Schmidt, estavam por perto, no palco hi-tech da maior feira de tecnologia do planeta, tudo eram sorrisos entre a chanceler alem�, Angela Merkel, e a presidente Dilma Rousseff. Mas o clima ameno, restrito a uma ou outra alfinetada, da abertura da Feira Internacional das Tecnologias da Informa��o e das Comunica��es (Cebit), em Hannover, na Alemanha, pode n�o ter durado o tempo todo, diante de posi��es divergentes de Brasil e Alemanha na crise econ�mica. Pelo menos foi essa a promessa da presidente brasileira, que foi representar o pa�s-parceiro desta edi��o da gigantesca feira, e que prometeu criticar duramente a pol�tica monet�ria dos pa�ses desenvolvidos. Em coletiva ontem, garantiu que tocaria no assunto com a estadista alem�.

No discurso de abertura, Merkel rebateu e criticou “medidas protecionistas unilaterais” como estrat�gia para sair da crise internacional. “A presidente Dilma citou ‘tsunami de liquidez’, manifestou sua preocupa��o. Temos de olhar para medidas protecionistas unilaterais. Acredito que a confian�a � o caminho que devemos trilhar para sair da crise. N�s, europeus, ficamos conscientes do fato de que temos que olhar al�m das nossas fronteiras”, declarou Merkel. Para ela, “a crise � bem delicada”.

O estopim da conversa foram os n�meros do Banco de Compensa��es Internacionais (BIS) que indicaram o despejo de US$ 8,8 trilh�es em liquidez na economia mundial desde o in�cio da crise. Segundo Dilma, que usou o termo “tsunami monet�rio” na semana passada, as medidas causam “desvaloriza��o artificial” das moedas, “equivalem a barreiras tarif�rias” e geram bolhas e especula��o. Dilma se mostrou contrariada com os n�meros do BIS e disse que n�o s� o Brasil, mas todos os pa�ses emergentes, o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e o pr�prio BIS est�o preocupados com a enxurrada de dinheiro no sistema financeiro.

“O efeito � internacional, n�o nacional. Como o mundo � globalizado, quando voc� tem um n�vel de expans�o desses, se produz dois efeitos: um � a desvaloriza��o artificial da moeda. O outro problema s�rio � que cria uma massa monet�ria que n�o vai para a economia real. O que se produz? Bolha. Bolha, especula��o”, reclamou a presidente. A “desvaloriza��o artificial” da moeda, de acordo com Dilma, n�o tem como efeito ganhos de competitividade das economias dom�sticas. “O que se est� fazendo equivale a uma barreira tarif�ria. Todo mundo se queixa de barreira tarif�ria, de protecionismo.”

Questionada por rep�rteres se ao reclamar para a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o governo brasileiro n�o estava pedindo a interven��o na autonomia do BCE, Dilma respondeu: “N�o, sabe por qu�? Porque est�o interferindo na nossa.” Dilma reiterou que a inten��o do Brasil � mostrar que est� em andamento uma forma concorrencial de prote��o de mercado, que � o c�mbio: “N�o � tarifa; � o c�mbio, que virou uma forma artificial de prote��o”.

Guerra cambial A presidente ressaltou que o governo vai tomar medidas e citou o recente aumento do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) como parte da estrat�gia para se defender na guerra cambial. “Somos uma economia soberana. Tomaremos as medidas para nos proteger.”

Na avalia��o de Celina Ramalho, professora do Departamento de Planejamento e An�lise Econ�mica da Funda��o Getulio Vargas, as pondera��es da presidente fazem sentido, na medida em que “a cria��o de moeda, nesse caso, serve apenas para remunerar t�tulos. N�o gera valor da economia. � um rem�dio muito paleativo, que pode levar � infla��o e bolha”.

BARRA DE FERRO

A presidente Dilma Rousseff reagiu com uma express�o de dor depois que uma barra caiu e a atingiu no p� durante entrevista a jornalistas brasileiros. Ela falava sobre protecionismo dos pa�ses ricos, quando se afastou dos rep�rteres e manifestou dor: “Ai, ai”. Em seguida, retornou e disse: "Passou. Vou mancar at� amanh�". A presidente n�o necessitou de atendimento m�dico.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)