O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que a economia brasileira j� est� em uma trajet�ria de crescimento maior do que o ano passado e que vai se acelerar, atingindo seu �pice no segundo semestre, quando a economia estar� crescendo a uma taxa de 5%. A m�dia, segundo ele, ficar� em 4% e 4,5%.
"H� uma s�rie de est�mulos que j� est�o sendo implantados: redu��o dos juros, est�mulo de investimentos, que estar�o aumentando ao longo do ano. As condi��es para um crescimento maior est�o dadas. E haver� uma a��o mais forte do governo para que o crescimento se realize", afirmou.
Disse ainda que o que levou a um crescimento menor em 2011 foi um ajuste, principalmente no primeiro semestre, porque havia uma infla��o mundial que corria o risco de contaminar o Brasil, e a crise internacional.
"Foi uma pol�tica de controle da infla��o no primeiro semestre, mas n�o cont�vamos com o agravamento da crise que se deu no segundo semestre. Sem isso, nosso crescimento seria mais pr�ximo dos 4% do que dos 3%."
Disse ainda que o importante � que "come�amos 2012 com a economia aquecendo". "Isso j� pode ser visto pelo desempenho de novembro e dezembro e essa trajet�ria vai continua no primeiro e segundo trimestre de 2012."
Ele disse tamb�m que o Pa�s passa por um momento de redu��o dos juros. "De agosto at� agora reduzimos juros e temos que reduzir os spreads dos bancos", disse. Segundo ele, � fundamental haver um refor�o dos investimentos e tamb�m a redu��o de custos do Brasil de forma geral, como o de log�stica.
Est�mulos
O ministro da Fazenda afirmou que, na medida em que for necess�rio, o governo anunciar� novos instrumentos e medidas para estimular a economia. Ele preferiu n�o adiantar quais medidas seriam, mas enfatizou que elas podem ser necess�rias para contrabalan�ar os efeitos negativos da desacelera��o externa.
"Temos dificuldades na �rea internacional. Uma � a pol�tica monet�ria excessivamente expansionista", disse, acrescentando que prev� uma desacelera��o da economia internacional em 2012. Uma das formas de contrabalan�ar esses efeitos negativos, de acordo com ele, pode ser por meio da manuten��o do c�mbio desvalorizado no Brasil ou criando est�mulos para a ind�stria.
Mantega defendeu tamb�m que o governo n�o pesou a m�o em medidas macroprudenciais anunciadas desde 2010 no intuito de conter a expans�o econ�mica. Ele comentou que a ind�stria foi o setor que mais sofreu em meio � turbul�ncia externa. De acordo com o ministro, foi "algo nunca visto", que ocorreu "de maneira vertiginosa" e, por isso, a ind�stria n�o deu a contribui��o para o PIB em 2011.
Questionado sobre quais setores poderiam receber medidas de est�mulo do governo, Mantega disse que o setor industrial como um todo precisa de est�mulos, e que eles ser�o dados.
Mantega disse que o governo conta com um "arsenal infinito" de medidas para segurar a queda do d�lar, diante de uma "intensifica��o da guerra cambial". Segundo o ministro, o governo n�o vai permitir que haja grande ingresso de capitais. "Vamos manter um real menos valorizado. Vamos coibir opera��es especulativas. O arsenal � infinito e podemos aumentar a atua��o", afirmou.