Apesar de o crescimento do faturamento real das ind�strias brasileiras em janeiro ter recuado 1,4% na compara��o com o mesmo m�s de 2011, a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) avalia que a tend�ncia para o setor � positiva para os pr�ximos meses. Parte disso, segundo o gerente de Pol�tica Econ�mica da CNI, Fl�vio Castelo Branco, se deve �s medidas adotadas no ano passado pelo governo, que come�am a surtir efeito.
“A nossa expectativa � de melhora gradual para os pr�ximos meses. Os dado de janeiro s�o ainda amb�guos, com sinais positivos, mas tamb�m negativos, como na queda do faturamento. Houve, possivelmente, uma redu��o nos estoques. Isso pode significar que as empresas estejam voltando a um grau de normalidade”, disse Castelo Branco durante o an�ncio dos indicadores industriais referentes a janeiro.
“Mas h� medidas tomadas pelo governo no ano passado que come�am a ter impacto”, lembrou referindo-se �s desonera��es tribut�rias adotadas pela equipe econ�mica. “Por fim, ontem, com a queda mais forte dos juros, a expectativa � que tenhamos ainda quedas futuras, reduzindo o custo financeiro das empresas e estimulando a demanda por parte das fam�lias”, acrescentou.
De acordo com Castelo Branco, esse conjunto de a��es, vindo acompanhadas de uma melhora no ambiente internacional e de solu��es para os problemas fiscais da Europa, levar�o as atividades da ind�stria “a uma gradual recupera��o”.
”Mas para uma retomada mais forte, precisamos de medidas adicionais que reforcem a competitividade dos produtos brasileiros nos aspectos tribut�rios, custo de capital, log�stica, desonera��o de folha e de outras agendas de longo prazo como educa��o e inova��o, que precisam de uma implementa��o mais efetiva e mais c�lere”, completou.
Os setores industriais que, segundo os indicadores da CNI, apresentaram os melhores �ndices de faturamento em janeiro, na compara��o com o mesmo m�s de 2011, foram os de material eletr�nico e de telecomunica��es (40,8% a mais), de Madeira (27,2%), papel e celulose (22,8%) e m�quinas e equipamentos (17,8%), de acordo com o estudo.
O indicador de horas trabalhadas aumentou 0,3% e o de utiliza��o da capacidade instalada subiu 0,6 ponto percentual. Segundo a CNI, a ind�stria operou com 81,9 pontos da capacidade instalada em janeiro (�ndice dessazonalizado). O emprego cresceu 0,5% na compara��o com dezembro quando j� havia sido registrada expans�o de 0,4%.
Na compara��o com janeiro de 2011, os indicadores de massa salarial (9,7%) e rendimento m�dio real (8,8%) intensificaram o ritmo de crescimento.