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Estado de Minas

Cheque especial e cart�o de cr�dito mant�m taxas altas apesar das quedas sucessivas da Selic

Cr�dito pessoal fica mais barato


postado em 09/03/2012 06:00 / atualizado em 09/03/2012 06:40

Alheias aos sucessivos cortes da Selic iniciados pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) em agosto do ano passado, as taxas de juros para cart�es de cr�dito e cheque especial n�o sofrem qualquer efeito de queda com as medidas anunciadas pelo governo. No caso deste �ltimo, o comportamento �, inclusive, contr�rio ao esperado pelo colegiado. Segundo levantamento da Associa��o Nacional dos Executivos de Finan�as, Administra��o e Contabilidade (Anefac), entre julho de 2011 e janeiro deste ano, o custo de utiliza��o do cheque especial passou de 8,27% para 8,34% ao m�s, alta de 0,07 ponto percentual. No ano, os juros foram de 159,48% para 161,5%. No mesmo per�odo, a Selic saiu de 12,5% para 10,5%.

O cen�rio n�o se mostra animador para o consumo. Mesmo com a taxa referencial caindo 0,75 ponto percentual, para 9,75% ao ano, os juros para essa modalidade de cr�dito ainda ser�o maiores do que os de julho do ano passado. C�lculos da associa��o preveem que o �ndice chegue a 8,28%, praticamente se equiparando aos 8,27% praticados h� oito meses.

O cart�o de cr�dito, por sua vez, n�o esbo�ou qualquer mudan�a e manteve a taxa mensal cravada nos 10,69% entre julho de 2011 e janeiro deste ano. A Anefac at� prev� uma ligeira queda, para 10,63%, mas as �ltimas estimativas do �rg�o foram frustradas e o mercado manteve os juros para quem cai no rotativo. Para ter uma ideia, caso a d�vida com o cart�o se prolongue por um ano, o d�bito ser� ampliado em 238,3%, ou seja, mais de tr�s vezes acima do valor original.

O coordenador de pesquisa e desenvolvimento da Funda��o Ipead/UFMG, Wanderley Ramalho, � categ�rico. “As taxas de cart�o de cr�dito e cheque especial n�o mudam na ponta do consumo. Isso � algo inexplic�vel”, pondera. Sem contar que, sendo o meio de pagamento mais utilizado para as compras, os consumidores n�o veem est�mulo para comprar – o que seria, justamente, o objetivo do afrouxamento da pol�tica monet�ria.

Para o vice-presidente da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, o impulso ao consumo vem de outras percep��es, muito mais psicol�gicas. “Infelizmente, as pessoas n�o percebem a queda dos juros porque est�o mais preocupadas se a parcela cabe no bolso. A redu��o dos juros b�sicos contribui, sim, para que a popula��o acredite que a economia v� melhorar e que os empregos ser�o mantidos”, afirma.

Queda r�pida

Outras formas de cr�dito registraram queda expressiva nos �ltimos meses. A taxa do empr�stimo pessoal concedido pelos bancos passou de 72,83% ao ano, em julho, para 59,92% em janeiro e pode passar para 58,81% com a nova Selic de 9,75%.

Nessa quinta-feira, o Banco do Brasil j� anunciou novas taxas para diversas linhas de cr�dito para pessoas f�sicas e jur�dicas. Um dos exemplos � o credi�rio para compra de material de constru��o, que passou de 2,30% ao m�s para 2,26%, e o cr�dito para ve�culo que foi de 1,32% para 1,29% ao m�s. As demais institui��es financeiras ainda avaliam as mudan�as.

As concession�rias esperam para hoje uma nova tabela dos bancos e financeiras. “Os reajustes t�m chegado r�pido. Os bancos est�o �geis porque querem sair na frente dos concorrentes”, pondera o gerente comercial da concession�ria Ford Pisa, Ant�nio Longuinho. Atualmente, as taxas m�dias s�o de cerca de 1,5% ao m�s. “Mas j� chegaram a 1,9% no ano passado”, lembra Longuinho.


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