O mercado dom�stico de c�mbio tem mais um motivo para dar continuidade � alta do d�lar, que j� dura seis preg�es consecutivos. Apesar da moeda norte-americana acumular valoriza��o de 4,2% em seis dias de neg�cios e ter encerrado o �ltimo preg�o a R$ 1,784, muito acima da marca de R$ 1,70 que � considerada o piso informal do d�lar, o governo anunciou hoje a amplia��o do prazo de cobran�a do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) em opera��es de empr�stimo externo. O per�odo tributado, que recentemente tinha sido estendido de 720 dias para tr�s anos, passou para 1.800 dias (5 anos). O d�lar comercial abriu hoje em alta de 1,07%, a R$ 1,803.
"Tudo que o governo e o Banco Central t�m feito � para o d�lar subir. Deixaram claro desde o in�cio do ano que querem ver a taxa ao redor de R$ 1,75, no m�nimo, R$ 1,85 no m�ximo, um pouco mais ou um pouco menos", disse o diretor da Fourtrade Corretora de C�mbio, Luiz Carlos Baldan. O fato de a medida ter sido anunciada com a cota��o acima da marca que o mercado considera o piso informal do d�lar, tamb�m n�o surpreendeu. "Ele tem avisado que tem v�rios mecanismos e vai usar", acrescentou Baldan.
Em fun��o da nova medida cambial do governo e do comportamento do mercado externo, onde o d�lar sobe diante das demais moedas emergentes de destaque, a expectativa dos profissionais dom�sticos � de alta no d�lar ante o real hoje. Eles n�o descartam por completo, no entanto, que um movimento de realiza��o e a entrada dos exportadores, diante do n�vel alto das cota��es, limitem a valoriza��o.
Tamb�m volta a preocupar a situa��o da economia chinesa. Os temores com a atividade do gigante asi�tico foram realimentados depois que o pa�s anunciou que teve d�ficit comercial de US$ 31,48 bilh�es em fevereiro, em seguida ao super�vit de US$ 27,28 bilh�es registrado em janeiro e pior do que a previs�o dos economistas de d�ficit de US$ 8,5 bilh�es. Na semana passada, o governo chin�s reduziu a meta de crescimento do pa�s de 8% para 7,5%, em 2012.