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Estado de Minas

85% dos principais aeroportos brasileiros est�o em situa��o cr�tica ou preocupante


postado em 14/03/2012 19:45 / atualizado em 15/03/2012 07:36

Um estudo divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) aponta que 17 dos 20 principais aeroportos brasileiros, ou 85%, est�o em situa��o “cr�tica” ou “preocupante”. Desses, 12 est�o funcionando acima da capacidade operacional. Apenas os aeroportos de Porto Alegre, Salvador e Manaus funcionam em condi��es “adequadas”, fora do “cen�rio de estrangulamento”.

A avalia��o, feita antes da concess�o � iniciativa privada dos aeroportos de Bras�lia, S�o Paulo e Guarulhos (SP), � que “permanece limitada a capacidade da Infraero [Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportu�ria] em executar seu programa de investimentos. Em 2011, a estatal executou 34% de sua dota��o anual inscrita no or�amento das empresas estatais [dota��o de R$ 2,216 bilh�es e execu��o de R$ 747,82 milh�es]”. A conclus�o consta do artigo Aeroportos no Brasil: Investimentos e Concess�es, de autoria do coordenador de Infraestrutura Econ�mica do Ipea, Carlos Campos.

A preocupa��o se agrava com a aproxima��o da Copa do Mundo de 2014. Segundo o estudo, as etapas do Plano de Investimentos da Infraero “pouco evolu�ram nos �ltimos 12 meses, entre fevereiro de 2011 e janeiro de 2012”. “Dos 11 aeroportos nos quais est�o previstos investimentos nos terminais de passageiros, oito est�o nas fases iniciais de projetos”.

Mesmo para os aeroportos concedidos, o Ipea faz ressalvas: “� fator de preocupa��o a exiguidade dos prazos definidos pelo edital para as v�rias etapas do processo de concess�o, diante da necessidade de que os tr�s aeroportos estejam prontos a tempo de atender ao evento de 2014”.

Ap�s a concess�o de tr�s aeroportos � iniciativa privada, come�a a ganhar corpo a ideia de construir um novo aeroporto em S�o Paulo. A avalia��o � que Viracopos, de Campinas, n�o ter� condi��es de atender � demanda de passageiros e carga n�o assimil�veis pelos aeroportos de Cumbica e Congonhas. “Se n�o debatermos isso hoje, quando quisermos fazer n�o ser� poss�vel”, enfatiza o t�cnico do Ipea Erivelton Guedes, que avaliou as alternativas para infraestrutura aeroportu�ria na Regi�o Metropolitana de S�o Paulo – que concentra 30% do movimento de passageiros.

Ele chama aten��o que a solu��o em S�o Paulo tem que ser pensada em conjunto considerando a constru��o do trem-bala e a demanda que um aeroporto distante da capital, como o de Campinas, criar� para a rodovia.



Segundo o Ipea, n�o apenas os aeroportos preocupam. O Brasil investe apenas 0,7% do Produto Interno Bruto, incluindo o Programa de Acelera��o do Crescimento, em transporte. O percentual � inferior ao que fazem outros pa�ses emergentes, como a China, �ndia, R�ssia, o Chile e at� o Vietn� – na casa de 2,7% do PIB. Carlos Campos calcula que o pa�s necessite investir R$ 185 bilh�es em rodovias; R$ 75 bilh�es em ferrovias e mais R$ 45 bilh�es em portos.

O c�lculo n�o inclui as necessidades de infraestrutura urbana e mobilidade nas cidades. O coordenador de Infraestrutura Econ�mica do Ipea aponta que o pa�s n�o soube aproveitar a Copa do Mundo para resolver os problemas de transporte nas 12 cidades-sede do torneio. Quando a Copa do Mundo foi anunciada no Brasil, a mobilidade urbana foi considerada como “o principal legado” do Mundial de futebol. “� uma pena estar perdendo a oportunidade para efetivar, para a popula��o, os ganhos com a mobilidade urbana”.

Os estudos do Ipea, publicados hoje, integram o peri�dico Radar nº 8, especial sobre infraestrutura. Nele, o instituto destaca ainda que tendem a crescer as emiss�es de g�s carb�nico no Brasil com o aumento do transporte de carga nas rodovias e com o aumento da circula��o de carros nas cidades. A solu��o apontada para o transporte regional � utilizar mais ferrovias e o modal aquavi�rio; e, nas cidades, melhorar e integrar os sistemas de transporte urbano.


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