Os fracos n�meros da produ��o industrial de 2011, alta de apenas 0,3% ante 2011, que tamb�m j� se refletem neste in�cio de ano (em janeiro, a ind�stria recuou 2,1% na compara��o com dezembro) refor�aram as percep��es de que o Pa�s passa por um processo de desindustrializa��o. O pr�prio governo admitiu, nesta semana, publicamente a fragilidade do setor, quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a ind�stria brasileira precisa de prote��o contra os importados, beneficiados pela taxa de c�mbio. O diretor t�cnico do Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese), Clemente Ganz L�cio, diz que a ind�stria est� diretamente associada � estrat�gia mais geral de desenvolvimento de qualquer pa�s.
No setor cal�adista, por exemplo, um dos mais atingidos pelo c�mbio valorizado e a concorr�ncia dos importados mais baratos da China, s� em 2011 foram fechados 11 mil postos de trabalho, segundo a Associa��o Brasileira das Ind�strias de Cal�ados (Abical�ados).
O quadro de funcion�rios na ind�stria cal�adista encerrou 2011 com um total de 337,5 mil empregados depois de ter contabilizado 347,1 mil trabalhadores no final de 2010. A situa��o neste segmento � preocupante porque essa m�o-de-obra passa para os setores da constru��o civil e servi�os. "Os trabalhadores, quando n�o v�o para a constru��o, abrem pequenos neg�cios", diz a Abical�ados.