Em um ano dif�cil para a ind�stria t�xtil, a companhia de tecidos Cedro Cachoeira apresentou crescimento de 6,7% da receita l�quida, que chegou a R$ 527 milh�es em 2011, na compara��o com 2010. O lucro bruto cresceu de 14,6% e o lucro l�quido, j� descontados todos os custos, taxas e impostos, avan�ou 8,7% ante o ano anterior, somando R$ 15,9 milh�es. A gera��o de caixa da empresa foi de R$ 56 milh�es em 2011, o que representa avan�o de 30,5% na compara��o com os 12 meses anteriores.
A importa��o de tecidos e roupas da �sia vem tirando mercado do segmento, que reclama com o governo federal a desonera��o da folha de pagamento. Em agosto do ano passado, o governo federal lan�ou o plano Brasil Maior, com medidas para defender a ind�stria e o mercado interno. Uma das propostas era a mudan�a da cobran�a de contribui��es para o INSS, que deixaria de ser feita sobre a folha de sal�rios para incidir sobre o faturamento. O objetivo do governo era cobrar 1,5% sobre as vendas, mas o setor n�o aderiu e luta pelo percentual de 0,8% para as confec��es e de 1% para as f�bricas de tecido.
"Conversei ontem (quinta-feira) com o ministro Guido Mantega (Fazenda) sobre nossa reivindica��o e acredito que o governo est� disposto a defender a ind�stria nacional", diz Diniz Filho. De acordo com o presidente da Abit, essa � uma das medidas necess�rias para proteger as empresas do setor contra a importa��o predat�ria. Somente no segmento de confec��o, a m�o de obra representa 48% do custo total de produ��o.
No ano passado, enquanto a produ��o industrial do segmento t�xtil registrou queda de 14,88% e a de confec��es de 4,4%, as vendas no varejo dos dois segmentos subiram 11,82% em receita e 3,58% em volume por causa da entrada dos importados. Apesar do d�ficit de US$ 4,8 bilh�es na balan�a comercial do segmento em 2011, Aguinaldo Diniz reconhece que se as importa��es de tecidos e confec��es fossem interrompidas hoje no pa�s a ind�stria brasileira n�o teria como atender � demanda do mercado interno. Em m�dia, as f�bricas de tecido e confec��o est�o usando 83% de sua capacidade instalada e para trabalhar acima desse patamar seriam necess�rios mais investimentos.
Por outro lado, ele explica que como o setor t�xtil e de confec��es � intensivo em m�o de obra – e n�o em capital – , o aumento da demanda interna com uma eventual queda na importa��o poderia ser conclu�do em prazo relativamente curto. “A matura��o de investimento no segmento t�xtil � de 12 meses. Se a Cedro precisasse dobrar a sua produ��o, faria isso em um ano e meio”, sustenta. Em 2012, a Abit estima que a ind�stria t�xtil e de confec��o dever� crescer 1,5% na compara��o com 2011, ao passo que as vendas f�sicas no varejo crescer�o o dobro: 3%. O faturamento dever� permanecer na casa dos R$ 63 bilh�es, como em 2011.