Os sinais para a economia global seguem embaralhados e a Bovespa deve seguir em trajet�ria errante nesta quarta-feira, j� que os investidores mostram-se dispostos em fazer apenas pequenos ajustes nesta reta final de trimestre. Mas em rela��o aos pares internacionais, os neg�cios locais podem ficar ainda mais enfraquecidos por causa da queda de quase 3% da Bolsa de Xangai, que deve penalizar principalmente as mineradoras, que foram os destaques de baixa na China. O Ibovespa abriu em queda de 0,23%, abaixo dos 66 mil pontos.
Ainda era madrugada por aqui, quando a Bolsa de Xangai amargava seu pior preg�o desde novembro do ano passado culminando na queda de 2,7%. O �ndice Shenzhen Composto caiu ainda mais, -4,1%, com os mercados chineses exibindo perdas mais aceleradas que o observado em T�quio e em Seul, por exemplo. A Bolsa da Austr�lia, por sua vez, fechou no n�vel mais baixo em quatro meses.
O setor de minera��o puxou a queda na China, diante de balan�os financeiros decepcionantes, o que elevou as preocupa��es sobre um pouso for�ado da economia emergente neste ano. As declara��es do ministro do Com�rcio da China, Chen Deming, de que o pa�s deve crescer um pouco mais que a previs�o de 7,5% n�o tiveram efeito nos neg�cios. J� os metais b�sicos e o petr�leo operam em baixa desde cedo.
Nessa passagem do primeiro para o segundo trimestre, os investidores mant�m intactas as apreens�es com a velocidade da retomada econ�mica global. No Brasil, a agenda econ�mica dom�stica � fraca, mas deve pegar mal a condena��o, em primeira inst�ncia, da BM&FBovespa pela pr�tica de poss�veis atos de improbidade administrativa referentes a opera��es realizadas pelo Banco Central em janeiro de 1999 no mercado futuro de d�lar. H� outros r�us nos processos e o valor total da condena��o, incluindo multa, � de R$ 8,423 bilh�es.
Em comunicado enviado � CVM, a Bolsa reitera que, com base na opini�o de seus advogados, continuar� a n�o provisionar em suas demonstra��es financeiras qualquer montante relacionado �s referidas a��es judiciais, tendo em vista o risco remoto de perda, e que recorrer� destas decis�es.