A China figura como o parceiro comercial onde as exporta��es brasileiras tiveram maior estabilidade no �ndice de complementaridade comercial (IC), entre 2000 e 2010, comparado �s importa��es daquele pa�s, no �mbito do Brics – bloco que re�ne o Brasil, a R�ssia, a �ndia, a China e a �frica do Sul.
De acordo com o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) Fl�vio Lyrio Carneiro, coordenador de estudo divulgado hoje no Boletim de Economia e Pol�tica Internacional, o Brasil tem possibilidade de equilibrar esse fluxo comercial com mais reciprocidade em muitas categorias de produtos.
A �ndia foi, no per�odo, o parceiro comercial cujas importa��es foram menos complementares �s exporta��es brasileiras, seguida da R�ssia e da �frica do Sul.
O IC do Brasil com a China subiu, no per�odo analisado, de 9% para 17% na �rea de produtos prim�rios; e de 28% para 32%, de manufaturados. O �ndice caiu de 24% para 14% em produtos de baixa tecnologia e de 34% para 31% em produtos de alta tecnologia.
Com a R�ssia, a distribui��o do total de produtos com IC subiu de 12% para 14% no per�odo; caiu de 26% para 24% na �rea de manufaturados; de 24% para 18% na �rea de baixa tecnologia, subindo de 33% para 38% na �rea de alta tecnologia. J� o IC dos produtos prim�rios subiu de 24% para 59%; dos manufaturados caiu de 74% para 40%; e o IC dos produtos de baixa e alta tecnologia ficou est�vel no per�odo.
Entre o Brasil e a �ndia, a distribui��o do total de produtos com IC registrou queda de 10% para 9% nos produtos prim�rios; de 34% para 31% nos manufaturados; e de 17% para 13% em produtos de baixa tecnologia. J� nos produtos de alta tecnologia, houve eleva��o do IC de 34% para 41%.
Com a China, houve clara tend�ncia de expans�o do IC nas categorias dos produtos prim�rios e de manufaturas, em detrimento da ind�stria de baixa e m�dia tecnologia, enquanto, na alta tecnologia, o �ndice manteve-se relativamente est�vel.
Para Fl�vio Carneiro, essa trajet�ria pode significar um refor�o � tend�ncia de amplia��o da participa��o dos produtos prim�rios e de manufaturas na pauta exportadora do Brasil. Na m�dia tecnologia, h� complementaridade em pouco menos de um ter�o dos produtos no com�rcio com a China.
Nas exporta��es brasileiras para a �ndia, a categoria de m�dia tecnologia assume posi��o de destaque ao chegar aos 40% em 2010. A contrapartida de IC da �ndia na �rea de manufaturas apresentou ligeiro decr�scimo, ao contr�rio do verificado com a China, n�o tendo havido acr�scimo na parcela referente aos produtos prim�rios. A redu��o na concentra��o dos produtos de baixa tecnologia foi comum a ambos, assim como a reciprocidade comercial na categoria de alta tecnologia.