Ao discursar hoje na 4ª reuni�o dos Brics, grupo integrado pelo Brasil, �ndia, China, �frica do Sul e R�ssia, a presidente Dilma Rousseff criticou as barreiras "injustas" impostas pelos pa�ses ricos aos emergentes. "A consequente deprecia��o do d�lar e do euro traz enormes vantagens comerciais para os pa�ses desenvolvidos e coloca barreiras injustas � competitividade dos produtos oriundos dos demais pa�ses, em especial o Brasil", disse Dilma. "Contudo, n�s, do Brasil, n�o queremos, n�o iremos, nem concordamos em um processo de levar a uma competi��o na qual cada pa�s tenta sair da crise desvalorizando sua moeda e o ganho de seus trabalhadores."
A presidente Dilma defendeu uma nova pol�tica de combate � crise baseada na expans�o do investimento e do consumo, na expans�o dos mercados internos das principais economias mundiais e no crescimento equilibrado do com�rcio internacional. Dilma reiterou que "medidas exclusivas de pol�tica monet�ria n�o s�o suficientes para supera��o dos atuais problemas da economia mundial". E alertou que a recess�o, o desemprego e a precariza��o do trabalho apenas ganham tempo e podem gerar bolhas especulativas, caso n�o sejam acompanhadas pela recupera��o do investimento, do consumo e um aumento do crescimento internacional.
Dilma pregou tamb�m que pa�ses com elevadas d�vidas, como muitos da Europa, devem fazer o ajuste fiscal para ganhar credibilidade. Para a presidente, as reformas estruturais s�o importantes, mas s� dar�o resultados se combinadas com a volta do crescimento.
Segundo ela, pa�ses do Brics s�o exemplo de que a principal frente de expans�o para a economia mundial � o consumo interno, por meio da incorpora��o de milh�es de pessoas � sociedade de consumo de massa.