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Estado de Minas

Espanha anuncia rigoroso or�amento e tenta acalmar preocupa��es da Europa


postado em 30/03/2012 14:09

Um dia depois de uma greve geral que levou �s ruas milhares de manifestantes, o governo espanhol apresentou nesta sexta-feira os or�amentos mais austeros da hist�ria do pa�s, com um ajuste de 27,3 bilh�es de euros, e tentou acalmar as preocupa��es da Europa.

"Estamos numa situa��o cr�tica, � qual temos de responder com os or�amentos mais austeros de nossa democracia", afirmou o ministro da Fazenda, Crist�bal Montoro, ao t�rmino do Conselho de Ministros.

A miss�o do governo espanhol � clara: reduzir em doze meses o d�ficit p�blico de 8,51% a 5,3% do PIB. "Tornar confi�vel este objetivo � uma condi��o inelud�vel para o governo e o que d� sentido ao conjunto das medidas tanto de rendas como de gastos p�blicos", acrescentou, em uma mensagem claramente dirigida a seus s�cios europeus, que n�o deixam de expressar sua preocupa��o.

"A Espanha est� numa situa��o muito dif�cil", afirmou, horas antes, o comiss�rio para Assuntos Econ�micos, Olli Rehn, em uma reuni�o de ministros das Finan�as em Copenhague, que examinou atentamente os n�meros apresentados por Madri.

O banco americano Citi foi o mais contundente na quarta-feira ao afirmar que a Espanha deveria entrar numa esp�cie de troica de ajuda (UE, BCE e FMI) em 2012.

Decidido a tranquilizar a Europa, o ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, assegurou que, gra�as �s medidas de seu governo, no poder desde dezembro, a "Espanha vai deixar de ser um problema".



"Estamos diante de uma situa��o limite", admitiu a vice-presidente do governo, Soraya S�enz de Santamar�a, ao t�rmino do Conselho de Ministros. "Nossa principal obriga��o � voltar a ter contas p�blicas saneadas, mas n�o a qualquer pre�o", acrescentou.

"O governo quer apoiar os mais necessitados e n�o paralisar o crescimento e a cria��o de empregos", enfatizou. A Espanha sofre com um desemprego recorde de 22,85%. "Dessa forma, tomou-se a decis�o de manter a atualiza��o das aposentadorias, conservar o sal�rio dos funcion�rios, sem reduzi-los, e manter o seguro desemprego", explicou.

"O imposto ao valor agregado n�o vai subir para n�o prejudicar o consumo e a recupera��o econ�mica, mas, sim, o imposto de sociedade sobre as grandes empresas", detalhou. No total, a Espanha ter� um ajuste de 27,3 bilh�es de euros, entre cortes or�ament�rios e aumentos de impostos, explicou Montoro.

Os or�amentos dos minist�rios ser�o reduzidos 16,9% em m�dia, o que permitir�, junto com outras medidas, economizar 17,8 bilh�es de euros. E ao aumento do imposto de renda anunciado em dezembro, se somar�o outras medidas tribut�rias, em especial a elimina��o de dedu��es no imposto de sociedades.

A maioria dos analistas concordou, no entanto, com a necessidade de a Espanha ajustar suas contas em 50 bilh�es de euros, levando em conta a recess�o que este ano deve fazer o PIB cair 1,7%.

O restante do esfor�o ter� de vir de todas as regi�es e munic�pios, cuja sa�de � muito fr�gil desde a explos�o da bolha imobili�ria em 2008. Mas isso suscita as d�vidas de muitos economistas, que temem que a Espanha volte a descumprir com seu objetivo de d�ficit este ano, depois de registrar 8,5% do PIB em 2011, quando havia se comprometido com 6%.

"� muito dif�cil, como se demonstrou em todos os pa�ses, cortar o d�ficit p�blico em meio a uma recess�o porque a pr�pria recess�o te faz baixar os impostos e aumentar os gastos por causa do desemprego", explica Jos� Carlos D�ez, economista da sociedade Intermoney.


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