Bovespa tenta quebrar sequ�ncia de quedas

A Bovespa abre o preg�o desta quinta-feira disposta em cravar o primeiro preg�o de alta da semana, interrompendo uma sequ�ncia de tr�s quedas consecutivas. O descolamento, para baixo, da sess�o de ontem em rela��o aos mercados internacionais pode propiciar um desempenho mais robusto hoje. Mas o movimento pode ser limitado pelos dados mistos dos EUA anunciados nesta manh� e ainda pelo resultado discreto do leil�o da d�vida italiana. � noite, saem n�meros sobre a economia da China. O Ibovespa abriu em alta de 0,61%, aos 61.699,95 pontos.

Os EUA informaram nesta quinta-feira que os pedidos de aux�lio-desemprego feitos no pa�s na semana at� o �ltimo s�bado (dia 7) cresceram em 13 mil, acima da previs�o de +1 mil, em mais um sinal de que o mercado de trabalho norte-americano perdeu tra��o no m�s passado. Foi o maior aumento semanal nas solicita��es do benef�cio em quase um ano.

Ao mesmo tempo, a economia norte-americana aponta mudan�as em sua din�mica, depois de registrar, em fevereiro, um n�vel recorde de exporta��es, de US$ 181,16 bilh�es, o que reduziu o d�ficit da balan�a comercial no per�odo, para US$ 46,03 bilh�es. Foi a maior contra��o do saldo comercial negativo na hist�ria dos EUA em quase tr�s anos. Ao mesmo tempo, houve uma redu��o das importa��es, com queda nas compras de petr�leo e bens chineses.

J� do lado da infla��o nos EUA, o �ndice de pre�os ao produtor (PPI) ficou est�vel em mar�o ante fevereiro, � medida que os custos da gasolina declinaram. Na Europa, as principais bolsas operam em baixa, repercutindo o resultado do leil�o de t�tulos da It�lia, que vendeu 4,885 bilh�es de euros em b�nus de v�rios vencimentos, ligeiramente abaixo do teto previsto, de 5 bilh�es de euros. Por�m, o yield do papel de tr�s anos (2015) ficou mais salgado.

Mas o melhor do dia deve ficar para a noite. Na virada de quinta para sexta-feira, �s 23 horas, a China anuncia os n�meros sobre a produ��o industrial e as vendas no varejo, ambos em mar�o, al�m do resultado do PIB no trimestre passado. Hoje, o Banco Central chin�s (PBOC) informou que os novos empr�stimos banc�rios em yuans subiu acima do esperado em mar�o, indicando condi��es mais frouxas para financiamento e apontando para uma guinada na condu��o da pol�tica monet�ria no pa�s.

Em relat�rio, o analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira comenta que, diante das expectativas de al�vio monet�rio no pa�s asi�tico, a Bolsa deve operar mais leve hoje. "Os mercados apostam que ap�s a divulga��o dos dados hoje � noite, existam grandes chances de que o governo chin�s anuncie al�vio monet�rio em breve", diz, no documento.

A Bolsa de Xangai fechou em alta de 1,8% hoje, alimentada por essas expectativas de medidas de flexibiliza��o monet�ria. Segundo estimativas atualizadas do Banco Mundial, a segundo maior economia do mundo deve crescer 8,2% em 2012, de uma previs�o anterior de +8,4%, sendo que as perspectivas para um pouso suave (soft landing) da China continuam elevadas. Em 2013, o ritmo chin�s deve ganhar for�a, encerrando o pr�ximo ano com um crescimento de 8,6% do PIB.