O ministro brit�nico de Rela��es Exteriores, William Hague, declarou-se "muito preocupado" nesta ter�a-feira com a expropria��o na Argentina da petroleira YPF, considerando que a medida contraria "todos os compromissos" fechados pelo pa�s sul-americano no G-20.
"Estou muito preocupado com o an�ncio da inten��o da Argentina de nacionalizar uma grande parte da companhia energ�tica YPF", filial da espanhola Repsol, declarou Hague em comunicado. "Esta � a �ltima de uma s�rie de a��es relacionadas ao com�rcio e ao investimento tomadas pela Argentina que est�o prejudicando interesses empresariais e enfraquecer�o sua economia reduzindo seu atrativo para os investidores estrangeiros", afirmou.
Hague citou, entre outras, as recentes medidas adotadas pela presidente argentina, Cristina Kirchner, contra empresas brit�nicas em meio � sua disputa com o Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas, sob dom�nio brit�nico desde 1833, mas exigidas pela Argentina.
"O governo argentino n�o esconde que deseja reduzir as importa��es e aumentar seu excedente comercial atrav�s de uma variedade de medidas comerciais restritivas", completou o ministro brit�nico. "Isso vai contra todos os compromissos que a Argentina fechou no G-20 (grupo das principais economias industrializadas e emergentes) para promover a transpar�ncia e reduzir o protecionismo. Trabalharemos com a Espanha e com o restante de nossos parceiros europeus para nos assegurarmos de que as autoridades argentinas cumprir�o seus compromissos e obriga��es internacionais", concluiu o secret�rio do Foreign Office.
V�rios pa�ses membros da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC), entre eles Uni�o Europeia e Estados Unidos, criticaram recentemente a Argentina pelas "medidas restritivas ao com�rcio" tomadas desde 2008, aumentando a lista de produtos que requerem autoriza��o para serem importados, e pediram sua elimina��o. Na segunda-feira, Cristina Kirchner anunciou sua inten��o de expropriar parte da YPF, tomando o controle de 51% das a��es, todas elas provenientes dos 57,4% at� agora nas m�os da Repsol.