O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central (BC) define nesta quarta-feira a taxa b�sica de juros, a Selic, em reuni�o marcada para a tarde. Atualmente, a taxa b�sica est� em 9,75% ao ano.
A expectativa do mercado financeiro � que a Selic seja reduzida para 9% ao ano. A sinaliza��o de que a taxa deve se aproximar desse �ndice estava na ata da �ltima reuni�o do Copom que informava que a Selic estava se deslocando para “patamares ligeiramente acima dos m�nimos hist�ricos”. A menor taxa j� registrada foi 8,75% ao ano, de julho de 2009 at� o final de abril de 2010, quando subiu para 9,5% ao ano.
Ap�s essa redu��o, o mercado espera por uma pausa nos cortes dos juros. E a expectativa fica para a divulga��o da ata da reuni�o, no dia 26 de abril. � nesse documento que os analistas v�o procurar alguma indica��o do per�odo em que n�o haver� cortes.
Na reuni�o do Copom, a diretoria do BC avalia se h� press�es inflacion�rias, a atividade econ�mica e o cen�rio externo. Todo ano, o BC tem que perseguir uma meta de infla��o, medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2012, a meta � 4,5%, com limite de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O BC tem que atuar, com o uso da Selic e de outros instrumentos, para que a infla��o anual fique na meta.
Assim, o Copom reduz a Selic quando considera que a infla��o est� sob controle e quer estimular a atividade econ�mica. No sentido oposto, a taxa � elevada quando a autoridade monet�ria avalia que a economia est� muito aquecida, com alta dos pre�os. Ent�o, o Copom sobe a taxa para incentivar a poupan�a, desestimular o consumo e segurar a infla��o.
Na avalia��o da Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban), o recuo da infla��o medida pelo IPCA foi maior que o esperado inicialmente pelos analistas. Esse fator, segundo a federa��o, aponta para um cen�rio melhor para os pre�os em 2012, e provavelmente, no pr�ximo ano.
H� ainda expectativa de recupera��o “mais modesta para a economia ou que pelo menos o pico desta retomada deve se deslocar para algum ponto em 2013”. Al�m disso, segundo a Febraban, voltaram a crescer as preocupa��es com a crise econ�mica internacional. “A piora na percep��o de risco de pa�ses importantes como a Espanha significa que a probabilidade de que venham press�es desinflacion�rias (e de baixo crescimento) do cen�rio externo voltou a se elevar de forma importante nas �ltimas semanas. Por conta desses fatores, a chance de a Selic voltar a cair antes do final do ano parece ter aumentado bastante.”