A decis�o argentina de expropriar 51% da YPF, filial argentina do grupo espanhol Repsol, impactar� de maneira negativa a imagem desse pa�s e da regi�o, disse nesta quarta-feira Jos� �ngel Gurr�a, secret�rio-geral da Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE). "Definitivamente n�o � uma boa not�cia para ningu�m", disse Gurr�a � AFP em meio ao F�rum Econ�mico Mundial na Am�rica Latina, que acontece em Puerto Vallarta (oeste), balne�rio do Pac�fico mexicano.
A decis�o anunciada pela Argentina na segunda-feira possui um impacto negativo para os investidores quanto � imagem do pa�s, disse o mexicano Gurr�a. De acordo com o secret�rio, uma medida como essa cria a expectativa de novas expropria��es ou mesmo da intensifica��o de medidas protecionistas.
Gurr�a participou de um painel sobre a forma como o G20 pode enfrentar os dados da economia global no contexto da crise, no qual tamb�m participou Jos� Antonio Meade, ministro de Fazenda e Cr�dito P�blico do M�xico, que falou sobre os "riscos da retomada do protecionismo".
Segundo Meade, os governos podem cair em um desequil�brio fiscal que os levaria a come�ar a proteger ind�strias com maiores tarifas e em seguida �s expropria��es, ao inv�s de apostar nas reformas estruturais para impulsionar o crescimento. O governo de M�xico, que t�m 9,5% de Repsol atrav�s da estatal Petroleos Mexicanos, criticou duramente a expropria��o da YPF.
Cerca de 900 empres�rios e funcion�rios de 71 pa�ses discutem em Puerto Vallarta temas relacionados com a forma como a Am�rica Latina deve enfrentar o ambiente de incerteza internacional que se vive no mundo pela desacelera��o da economia europeia.
Os Estados Unidos tamb�m se pronunciaram sobre o caso YPF nesta quarta-feira e se disseram "muito preocupados" pela decis�o do governo da Argentina de expropriar 51% da petroleira YPF, conforme anunciou o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner. "Francamente, quanto mais analisamos isso, mais o vemos como um acontecimento negativo", disse Toner em coletiva de imprensa. A secret�ria de Estado, Hillary Clinton, havia dito anteriormente que Buenos Aires teria que se justificar sobre o caso.