Ap�s o governo argentino anunciar a retomada do controle da petrol�fera YPF, privatizada em 1999 com o capital da empresa espanhola Repsol, o ministro do Planejamento Federal, Investimento P�blico e Servi�os da Argentina, Julio De Vido, afirmou, em visita ao Brasil, que seu pa�s deseja que a Petrobras “aumente de 8% para 15%” a participa��o no mercado interno de petr�leo e g�s.
A Petrobras � a primeira companhia estrangeira que o governo argentino procurou ap�s o an�ncio da encampa��o da YPF. Semana que vem, De Vido deve reunir-se com as companhias de capital norte-americano e chin�s. O anuncio foi feito logo ap�s audi�ncia com o ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o, e com a presidenta da Petrobras, Maria das Gra�as Foster. Segundo Lob�o, a estatal brasileira vem investindo nos �ltimos anos na Argentina cerca de US$ 500 milh�es anuais, o mesmo valor projetado para 2012.
A demanda da Argentina, no entanto, � apresentada em momento que a Petrobras precisa aumentar gastos internos visando a explora��o de petr�leo na camada pr�-sal na costa brasileira (previs�o de US$ 224 bilh�es), um ano ap�s a estatal ter vendido ativos na Argentina (como postos de abastecimento e refinaria de petr�leo), e menos de um m�s depois da prov�ncia de Neuqu�n ter cancelado contrato de explora��o da companhia brasileira em um campo petrol�fero.
Apesar desse cancelamento recente, Lob�o assegurou que n�o h� riscos de a Petrobras sofrer qualquer tipo de interven��o na Argentina, como ocorreu com a petrol�fera espanhola. “N�s confiamos nas rela��es com a Argentina, s�o rela��es s�lidas”, avalizou. O ministro brasileiro n�o garantiu nenhum aumento de investimentos da Petrobras na Argentina. “A nossa inten��o � investir o que mais pudermos”, disse, sem estabelecer valores e prazo.
Al�m da situa��o da participa��o da Petrobras no mercado argentino, Lob�o e De Vido trataram dos projetos de constru��o conjunta das hidrel�tricas binacionais Garabi e Panambi, no Rio Uruguai, em trecho de fronteira entre os dois pa�ses. Em dois meses, esse � o segundo encontro que o ministro de Minas e Energia brasileiro trata com o governo argentino sobre as hidrel�tricas e os investimentos da Petrobras.