O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) est� prestes a atingir sua meta de aumentar seus recursos em pelo menos 400 bilh�es de d�lares, mesmo se nem tudo puder ser conclu�do nesta sexta-feira em Washington, onde est�o reunidos os ministros das Finan�as dos pa�ses do G20.
O medidor subiu para 357 bilh�es de d�lares com as quatro novas contribui��es desta sexta-feira feitas por Austr�lia, Coreia do Sul, Gr�-Bretanha e Cingapura. "Entre os resultados destas reuni�es, esperamos que a nossa for�a de ataque seja muito maior", declarou a diretora executiva do FMI, Christine Lagarde, durante a abertura da reuni�o semestral do Fundo, em Washington.
O ministro japon�s das Finan�as, Jun Azumi, disse, por sua vez, que � "muito prov�vel" que o FMI consiga alcan�ar sua meta. Os ministros das Finan�as dos pa�ses ricos e emergentes do G20 come�aram os debates nesta sexta-feira, ap�s um primeiro jantar de trabalho na quinta-feira � noite. Lagarde espera divulgar um valor j� no comunicado do grupo, esperado para o in�cio desta tarde.
Exce��o not�vel, os Estados Unidos, maiores acionistas do Fundo, recusaram-se a pagar qualquer d�lar extra. A postura intransigente de Washington for�ou a francesa a reconsiderar suas ambi��es iniciais para baixo, ap�s estimar em janeiro as necessidades do Fundo em cerca de 600 bilh�es de d�lares. "Hoje, o risco � menor", assegurou, mesmo que a Europa "ainda esteja fora de sua rotina".
Ela n�o citou o nome da Espanha em sua lista de "nuvens escuras" que ainda pairam sobre a economia global, mas a situa��o continua a preocupar a comunidade financeira internacional. "Se houver necessidade, o FMI dever� estar pronto para todos os seus membros", mas "n�o h� necessidade desse tipo neste momento", assegurou Lagarde.
O FMI j� pode emprestar at� 382 bilh�es de d�lares, de acordo com o �ltimo relat�rio sobre as finan�as. A l�der do Fundo, apoiada pelos europeus, quer adicionar pelo menos 400 bilh�es a este total. Ela j� pode contar com o compromisso do Jap�o, com um montante de 60 bilh�es, com o de tr�s pa�ses escandinavos (Su�cia, Noruega e Dinamarca), com pouco mais de 26 bilh�es, al�m da Pol�nia, com 8 bilh�es, Su��a e "outros pa�ses" n�o identificados, no valor de 26 bilh�es, e, finalmente, Coreia do Sul e Gr�-Bretanha (15 bilh�es cada uma), Austr�lia (7 bilh�es) e Cingapura (4 bilh�es).
Essas contribui��es somam-se �s feitas pelos pa�ses da zona do euro, que se comprometeram com 150 bilh�es de euros (quase 200 bilh�es de d�lares) em janeiro. Depois do compromisso de criar uma "porta corta-fogo" de cerca de 800 bilh�es de euros, a Europa acredita ter cumprido a sua parte do contrato e est� � espera de gestos de outros pa�ses.
"O debate sobre os recursos deve ser conclu�do", afirmou nesta sexta-feira o ministro das Finan�as alem�o, Wolfgang Sch?uble, � imprensa. O vice-ministro russo das Finan�as, Sergei Storchak, citado pela Itar-Tass, informou que a R�ssia estava preparada para conceder 10 bilh�es para o FMI. Mas esse n�mero n�o consta nas previs�es do Fundo.
A China e outros pa�ses emergentes como o Brasil est�o na espera. "Minha convic��o � que a China n�o se ausente da mesa quando a decis�o for tomada" para aumentar os recursos do Fundo, afirmou na quinta-feira o comiss�rio europeu para os Assuntos Econ�micos, Olli Rehn, em entrevista � Bloomberg TV. Lagarde disse que est� "pronta para deixar a quest�o em aberto por algumas semanas, j� que alguns pa�ses necessitam de mais tempo para conseguir aprova��o" dos seus respectivos parlamentos.