O Bradesco d� sinais de que a guerra travada com os bancos p�blicos e privados pela redu��o dos juros cobrados dos clientes deve continuar. O diretor executivo do banco, Luiz Carlos Angelotti, disse nesta segunda-feira, em teleconfer�ncia, que o Bradesco est� avaliando eventuais novas medidas para corte de juros.
"Adotamos algumas medidas iniciais, que foram feitas em linha com a tend�ncia atual. Vamos continuar avaliando novas medidas", disse. A queda dos juros em algumas linhas de cr�dito, anunciada na semana passada, devem ser compensadas pelo volume adicional de opera��es de empr�stimos, segundo Angelotti. No final, o efeito deve ser neutro no balan�o do banco.
Segundo ele, o Bradesco espera demanda adicional por empr�stimos a partir de hoje, quando come�am a valer as taxas mais baixas de juros no cr�dito. "Temos trabalhado muito para manter nossa participa��o de mercado", afirmou o executivo.
Como as novas taxas come�aram a valer nas ag�ncias a partir de hoje, o Bradesco ainda n�o tem um balan�o preliminar dessas opera��es. O Bradesco cortou os juros em segmentos como ve�culos consignado e cr�dito para pequenas empresas. Nos fundos de investimento, o banco avalia medidas para manter os fundos competitivos, nas palavras de Angelotti. O executivo, por�m, n�o sinalizou se as taxas de administra��o devem ter cortes no Bradesco.
Angelotti destacou que, at� o momento, n�o houve migra��o de recursos de fundos para a poupan�a, por conta da queda de juros e a rentabilidade mais atraente da caderneta na compara��o com alguns fundos de varejo.
Inadimpl�ncia
De acordo com o executivo, as taxas de inadimpl�ncia do Bradesco podem j� ter atingido seu pico de alta e devem ficar est�veis no segundo trimestre. "O aumento da inadimpl�ncia no come�o do ano � esperado", disse. A inadimpl�ncia deve iniciar tend�ncia de queda gradual a partir do segundo semestre, de acordo com Angelotti.
O �ndice de inadimpl�ncia do Bradesco, considerando os atrasos acima de 90 dias, terminou mar�o em 4,1%, acima dos 3,9% do quarto per�odo do ano passado, n�vel para o qual o Bradesco espera que suas taxas de inadimpl�ncia voltem no final do ano.
Em mar�o de 2011, o indicador estava em 3,6%. Na pessoa f�sica, a taxa de calotes subiu de 6,1%, em dezembro, para 6,2% no final do primeiro trimestre. No segmento de micro, pequenas e m�dias empresas, a alta foi maior, de 3,9% para 4,2%. Nas grandes corpora��es, o indicador ficou est�vel em 0,4%.