O presidente da Souza Cruz, Andrea Martini, disse hoje que a imposi��o de um pre�o m�nimo de R$ 3 para a comercializa��o do ma�o de cigarro a partir do m�s de maio, fixada por decreto presidencial, pode compensar os efeitos da alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre o produto.
"O pre�o do cigarro j� � alto. Com o pre�o m�nimo, e dependendo do comportamento do consumidor e do varejo, esperamos que haja espa�o para o aumento do mercado legal", afirmou, em entrevista a jornalistas nesta ter�a-feira, ap�s a apresenta��o da campanha.
Em rela��o � efic�cia do pre�o m�nimo, o executivo destacou que vai depender tamb�m da fiscaliza��o. Ele disse que a pr�pria empresa vai monitorar a implementa��o da lei. "Acreditamos que possa ser uma oportunidade de redu��o da parcela do cigarro ilegal", afirmou. A empresa vai investir R$ 5 milh�es na comunica��o da lei ao varejo.
A estimativa � que cerca de 28% dos cigarros consumidos no Brasil sejam ilegais, por meio de contrabando ou sonega��o de tributos. Sobre o consumo de cigarros no mercado, ele disse acreditar que o aumento de pre�o v� causar impacto sobre as vendas, mas n�o deu detalhes do porcentual. Apenas a Souza Cruz elevou os pre�os de seus produtos em at� 24%. Esses aumentos, disse o executivo, contemplam aumento de custos, carga tribut�ria e reposicionamento de marcas. "Achamos que a alta dos pre�os vai reduzir o consumo", afirmou.
Martini destacou que a aposta da empresa � no crescimento das marcas premium, com pre�o m�dio mais elevado, como a Dunhill, Free e Lucky Strike. "O nosso mix de produtos continua melhorando, aproveitando o crescimento da renda do consumidor", afirmou. "O consumidor est� privilegiando as marcas premium", complementou. A menor faixa de pre�os dos cigarros vendidos pela Souza Cruz � a da marca Derby, de R$ 4,25.