A presidente da Petrobras, Maria das Gra�as Foster, afirmou nesta quarta-feira que a companhia tem buscado junto ao governo da Argentina uma maior prote��o aos ativos da empresa no pa�s vizinho e suas opera��es nos ramos de explora��o, produ��o e distribui��o. "Temos colocado, nos ambientes adequados, nosso pedido de aten��o a nossos ativos", afirmou a executiva, em audi�ncia p�blica na Comiss�o de Minas e Energia da C�mara dos Deputados.
De acordo com a executiva, a Petrobras cumpre "rigorosamente" os programas de explora��o na Argentina, obedecendo �s regras do pa�s. No in�cio do m�s, o governo da prov�ncia argentina de Neuqu�n suspendeu uma licen�a de explora��o da Petrobras na regi�o. Autoridade federais do pa�s vizinho, no entanto, tentam reverter essa decis�o.
Gra�a tamb�m reafirmou a disposi��o da Petrobras em aumentar os investimentos na Argentina. Na �ltima sexta-feira, a executiva se reuniu com o ministro do Planejamento e Investimentos P�blicos argentino, Julio de Vido, para debater essa possibilidade. Na ocasi�o, Vido tamb�m explicou a decis�o do governo de Cristina Kirchner em expropriar 51% do capital da espanhola Repsol na petrol�fera argentina YPF. "O modelo que a Argentina tomou � algo que n�o devo comentar", concluiu Gra�a na ocasi�o.
Apesar disso, ao citar a evolu��o dos marcos regulat�rios do setor de energia e petr�leo do Brasil nas �ltimas d�cadas, a presidente da Petrobr�s mandou um recado cifrado a outros pa�ses - como a pr�pria Argentina - que alteraram recentemente contratos do setor. "N�o rasgaremos contratos, como acontece em outros pa�ses. Ou seja, � seguro investir em petr�leo e energia no Brasil", afirmou.
Volta de etanol a 25% na gasolina
A presidente da Petrobr�s tamb�m defendeu que a mistura de etanol anidro na gasolina volte ao patamar de 25%. Devido � escassez do produto em 2011, desde outubro do ano passado, o governo determinou a redu��o para 20%. Segundo ela, a eleva��o seria importante para viabilizar a entrada em opera��o, at� 2014 de novas refinarias que est�o em constru��o.
"O que tem que acontecer, e que dever� acontecer em sua plenitude em 2014, � o etanol. Etanol tem que chegar firme, tem que voltar a ser tudo o que ele foi, porque se tem uma coisa que a gente sabe fazer � etanol", disse Gra�a.
Segundo ela, mesmo com a entrada em opera��o das novas unidades, o Brasil ainda precisar� importar gasolina. "Para que se tenha 25% do etanol na gasolina, o que tiver de importar, se importa. Se todas as refinarias estivessem operando, ter�amos que comprar muita gasolina ainda. � preciso que o etanol volte", completou.