O aumento da taxa de desemprego de 5,7% para 6,2% na passagem de fevereiro para mar�o indica uma continuidade na dispensa de trabalhadores tempor�rios, iniciada em janeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). De acordo com o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo, a s�rie hist�rica mostra que h� um efeito sazonal no mercado de trabalho que pode se prolongar at� mar�o.
"Em janeiro, fevereiro e mar�o � comum a taxa (de desemprego) subir porque n�o costuma ter contrata��o de trabalhadores. Pelo contr�rio, costuma haver dispensa de tempor�rios", afirmou Azeredo nesta quinta-feira.
O pesquisador alerta que s� � poss�vel verificar a tend�ncia do mercado de trabalho a partir de abril, quando h� aumento no ritmo de contrata��es de trabalhadores diante de um cen�rio econ�mico favor�vel.
"Nos anos em que a economia n�o estava favor�vel, aumentou a desocupa��o no segundo trimestre. Mas, na maioria das vezes em que a economia estava favor�vel, j� em abril a gente tem uma recupera��o, uma resposta do mercado de trabalho", lembrou Azeredo.
"Se subir a taxa em abril, voc� pode dizer que houve uma demora na resposta do mercado de trabalho em rela��o ao cen�rio econ�mico. N�o � mais dispensa de tempor�rios, a� j� � uma demora do mercado de voltar a contratar".
Renda m�dia real sobe
O IBGE divulgou tamb�m que renda m�dia real habitual dos trabalhadores ocupados no Pa�s foi de R$ 1.728,40 em mar�o, o valor mais alto desde mar�o de 2002, quando teve in�cio a Pesquisa Mensal de Emprego. O rendimento subiu 1,6% na compara��o com fevereiro, e 5,6% em rela��o a mar�o do ano passado.